01/06/2011
Do Tele.Síntese
O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, ressaltou, nesta quinta-feira (30), a importância da adesão das concessionárias ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), negociado com o Ministério das Comunicações junto com o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), com validade entre 2011 e 2015. Segundo ele, além da oferta individual, ao preço de R$ 35 com 1 Mbps de velocidade, as teles vão vender links dedicados no atacado, com preços 30% menores do que atualmente, permitindo a expansão da oferta do serviço por empresas pequenas, especialmente nas cidades menores.
No caso da oferta de varejo da banda larga, Valente disse que o foco é incluir pessoas. “Sabemos que existem muitas famílias que estarão aptas economicamente a usufruir desse serviço, na medida em que os preços praticados pelas concessionárias, no primeiro momento, e depois a outras operadoras que aderirem ao PNBL”, disse. Ele informou que a Telefônica pretende oferecer a banda larga popular, de forma única ou associada a outro serviço, em 230 municípios paulistas até o final deste ano, atendendo, assim, a 89% da população do estado.
Valente disse que as propostas técnicas de oferta de banda larga são distintas para cada concessionária (o acordo foi assinado também pela Oi, CTBC e Sercomtel), por causa das características de mercado. Mas, em geral, disse que o serviço será oferecido na tecnologia fixa e móvel, o que permitiu a operadora aderir ao preço de R$ 35. “A viabilização desse preço ainda é difícil, mas usando a solução de 3G acaba ganhando escala e, consequentemente, reduzindo o preço total do serviço”, disse.
“Para iniciar a oferta, precisaremos de um prazo de 90 dias para preparar a empresa, seus sistemas de informação, o call center, o provisionamento de equipamentos”, disse Valente. Ele disse que as negociações demoraram porque esse termo de compromisso era um documento que não existia e resultou do diálogo aberto no final do ano passado, quando Paulo Bernardo ainda ocupava o Ministério do Planejamento. “Houve, ao longo desse período, um conjunto grande de posições que foram se aproximando e hoje chegamos a um texto comum”, disse.
Valente disse ainda que o termo de compromisso prevê o reajuste do preço da banda larga popular pelos índices setoriais. Também há possibilidade de franquia, no caso do usuário ultrapassar a velocidade do plano. Ele disse que não acredita que a Telefônica necessitará programar novos investimentos para atender ao plano.
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