28/10/2010
Do Tele.Síntese
O presidente da AG Telecom e um dos controladores da Oi, Otávio Marques de Azevedo, reclamou do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), anunciado recentemente pelo governo federal. Para Azevedo, há uma decisão política, que considera positiva, de acelerar a expansão da banda larga no país, mas ainda não existe um plano estruturado. “Pode haver o Plano Telebrás de banda larga, mas falta o plano nacional”, afirmou.
No seu entender, um plano setorial deve ter metas claras, indicar os objetivos, os preços, o custo, as fontes de recursos, as bases da expansão. “A divulgação de uma relação de cidades não pode ser compreendida como um plano elaborado”, criticou. A crítica do executivo refere-se à lista das primeiras 100 cidades, além das 15 capitais, que foram anunciadas pela Telebrás como as primeiras localidades que passarão a contar com os serviços da estatal.
Segundo ele, em pelo menos 72% dessas cidades há nada menos do que quatro plataformas de banda larga e, em 83% delas, pelo menos três redes competindo entre si. “Uma situação é o governo querer maximizar o uso de suas plataformas. Mas há uma distância muito grande entre esta proposta e a de querer prestar serviço onde a competição já está implantada”, completou.
Para Azevedo, o governo deve ser o indutor dos investimentos privados e deve se preocupar também com a saúde financeira dos entes regulados. Acha que, se não for resolvida a questão tributária, a banda larga está fadada a sucumbir no país.
Telefônica
Para o grupo Telefônica, afirmou Antonio Carlos Valente, a recriação da Telebrás e a sua atuação são vistas com tranquilidade. “Para nós, a Telebrás, se cumprir as regras de mercado e a legislação do país, deve ser encarada como mais um competidor”, concluiu.
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