26/08/2010
Está no ar a edição número 61 da revista ARede. A matéria de capa da edição de agosto da revista fala mostra como as ofertas de serviços de banda larga das operadoras estão longe da periferia do Brasil. Não existem ofertas das operadoras para atender um vasto contingente da população brasileira e as redes públicas, apesar de conectarem cidadãos em vários estados, ainda estão focadas nos telecentros e programas de inclusão digital.
A matéria sobre acesso da população banda larga contou com a colaboração de Renata Sequeira e de Cristiano Pereira, repórteres do portal Viva Favela no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte — uma parceria que muito honra ARede. O Viva Favela continua fazendo matérias sobre a exclusão de grande parte do país no que se refere ao acesso à internet em banda larga. Veja aqui uma sobre Salvador.
Essa edição também traz uma reportagem sobre a avaliação das cinco escolas que participaram da primeira fase do programa Um Computador por Aluno (UCA). A avaliação registra os ganhos e as dificuldades de implementar um projeto pedagógico no qual cada aluno da escola conta com seu próprio laptop. E apota soluções para a atual fase do programa, em que 300 escolas de todo o país estão recebendo 150 mil laptops.
Na entrevista do mês, Frederico Guimarães, um dos fundadores do grupo Software Livre Educacional (SLE) fala sobre o trabalho de educadores com software livre. E explica porque o grupo defende que a educação, em sua essência, só é possível com softwares livres.
O artigo do mês de Sérgio Amadeu, sociólogo, professor e ativista pelos direitos na internet, é sobre o Ultraviolet. Trata-se de um consórcio criado por grandes grupos empresariais como Microsoft, Adobe, Intel, Cisco e Nokia. Seu objetivo é criar um avançado sistema de gerenciamento de direitos autorais (ou Digital Rights Management, DRM) para restringir a livre troca de conteúdos na rede.
Outro artigo que ARede traz este mês é o de Arakin MoMonteiro, sociólogo e integrante da rede de Estudos do Trabalho e do Grupo de Pesquisa em políticas Públicas para o Acesso à Informação (GPOPAI/USP). Ele fala sobre a necessidade de mudanças na Lei de Direitos Autorais brasileira, que hoje é um entrave a livre difusão cultural, à educação, ao avanço científico tecnológico. Importante porque, até 0 dia 31 de agosto, está em consulta pública a proposta do Ministério da Cultura para mudar esta lei.
Boa leitura!