Telebrás deve iniciar conexão de cidades em novembro

Rogério Santanna, presidente da empresa, disse que termo de referência de quatro editais para aquisição de equipamentos de rede estarão em consulta ainda este mês.

04/08/2010
Do Tele.Síntese

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, disse ontem que, entre novembro e dezembro deste ano, será possível levar a conexão à internet para as 100 cidades estabelecidas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). (Os critérios para a escolha das cidades estão nesta apresentação do PNBL e serão objeto de discussão na próxima reunião do Fórum Brasil Conectado, dias 24 a 26 de agosto.)

Já na segunda quinzena deste mês, serão colocados em consulta pública por 15 dias os termos de referência de quatro editais para compra de equipamentos de redes de transporte, como roteadores, hubs, switches, enlace de rádio, torres, antenas e geradores de energia. Em seguida os editais serão lançados, na modalidade de registro de preço, que permite a compra mesmo que a estatal não tenha dotação orçamentária.

A previsão de Santanna é de que, em setembro, o governo envie ao Congresso Nacional a autorização para que a estatal possa fazer investimentos em valores acima dos R$ 400 mil, previstos atualmente. A intenção é de que essas primeiras compras sejam feitas com os recursos do caixa da própria empresa, avaliados em cerca de R$ 280 milhões.

Nesta terça-feira, em Assembléia Geral Extraordinária, os acionistas confirmaram o nome de Rogério Santanna para a presidência da estatal e aprovou os nomes dos três novos integrantes do Conselho de Administração da empresa: Antonio Flávio Salgado, representante dos acionistas minoritários; o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, e o coordenador dos Programas de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, que presidirá o conselho.

Também foi aprovada a proposta de alteração do estatuto social da Telebrás, que permite a empresa, entre outras coisas, a implementar a rede privada de comunicação da administração pública federal e prestar serviços de conexão de internet em banda larga para usuários finais, “apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços”, de acordo com definições estabelecidas pelo Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital (CGPID).

O novo estatuto cria ainda mais três diretorias na estatal, além da de relações institucionais, que é acumulada pelo presidente, Rogério Santanna. Os novos cargos serão compostos posteriormente, provavelmente após a mudança da sede da empresa, prevista para até o início de setembro, quando também serão instalados os mais de 60 funcionários que estavam cedidos para Anatel e agora retornam à estatal.