Olimpíada de jogos educacionais no Rio de Janeiro

Será uma maratona de 18 jogos eletrônicos, desenvolvidos pela Porto Virtual, com prêmios como videogames, laptops, aparelhos de MP3 e iPods.

24/05/2010
De OGlobo Online

A clássica sentença materna “desliga o computador e vai estudar” está prestes a ter a lógica invertida na rede estadual de ensino do Rio. É o que promete a 1ª Olimpíada de Jogos Digitais Educacionais, prevista para começar em agosto. Aliando diversão e aprendizagem online, o projeto prevê que jovens do ensino fundamental (8 e 9 anos) e do ensino médio participem, em equipes, de uma maratona em 18 joguinhos virtuais. Quem chegar, em dezembro, ao game over com mais pontos concorrerá, numa final, a prêmios como videogames, laptops, aparelhos de MP3 e Ipods. As inscrições começam em junho.

As regras simulam os tradicionais jogos adorados pela garotada. Entretanto, apresentam também um conteúdo acadêmico. Em um dos joguinhos, chamado de Imuno, os competidores entram numa nave que circula pela corrente sanguínea, destruindo vírus e absorvendo energia. A cada etapa, o participante tem que responder a enigmas relacionados ao conteúdo de disciplinas escolares.

– Existe um jogo mestre, onde os competidores entram primeiro. Dali, ele terá acesso a 18 joguinhos, com fases e enigmas – diz Marcelo Clemente, gerente de projetos da ONG Porto Virtual, uma entidade de Pernambuco cujos profissionais desenvolveram os games.

O primeiro passo será formar equipes, de até seis jogadores, e fazer a inscrição no site Conexão Aluno (http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/). A competição permitirá que o aluno escolha um personagem, que o representará e dará acesso ao jogo mestre, plataforma central onde os aventureiros percorrem seis países para aprender sobre a cultura local. A jornada vai começar em agosto.

A Olimpíada repete uma experiência bem-sucedida na rede estadual de Pernambuco. Os joguinhos foram desenvolvidos a pedido do governo do estado nordestino, em 2007.

– Esse projeto trouxe um estímulo grande aos estudos. Os estudantes podem jogar em qualquer computador. Quando têm que responder a enigmas, podem procurar os professores ou pesquisar. Dessa forma, os garotos ficam incentivados a procurar as respostas – diz a gerente de Programas de Correção do Fluxo Escolar do governo de Pernambuco, Ana Selva.