19/05/2010 – A Fundação Telefônica e a Universidade de Navarra, da Espanha, lançam a segunda rodada de um estudo sobre o uso de novas tecnologias por crianças e adolescnetes, cuja primeira versão foi concluída em 2008, após ouvir mais de 25 mil estudantes de 6 a 18 anos de escolas do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela.
A nova pesquisa será realizada nos mesmos moldes da anterior e incluirá mais três países: Equador, Guatemala e Uruguai. A mostra que se pretende alcançar é de cerca de 39 mil estudantes. No Brasil, terá abrangência nacional. O objetivo é ter uma mostra representativa e proporcional à população estudantil de cada estado, tanto do meio rural quanto urbano, bem como dos setores público e privado. A expectativa é de que aproximadamente três mil alunos participem.
A partir de amanhã, dia 20, o EducaRede (www.educarede.org.br), portal educativo da Fundação Telefônica, vai publicar um formulário para livre inscrição das escolas. A pesquisa será realizada pela internet. A metodologia utilizada consistirá na aplicação de um questionário online respondido pelas escolas participantes, sob orientação de um professor ou monitor. As questões são adaptadas à idade dos participantes.
O primeiro estudo, que deu origem ao livro “A Geração Interativa na Ibero-América: Crianças e adolescentes diante das telas”, constatou que, entre os países pesquisados, o Brasil se destaca por ter uma geração interativa de vanguarda, com alto número de crianças e jovens que não só navegam, mas também produzem conteúdo na internet. Foi apontado que, de cada dez estudantes brasileiros, dois têm página web ou blog. A pesquisa também evidenciou desafios a serem enfrentados, uma vez que o Brasil obtém a segunda pontuação mais alta (atrás apenas da Argentina) quanto à ausência de mediação: 46% dos estudantes não têm acompanhamento de pais ou professores no uso da rede.
O EducaRede, programa da Fundação Telefônica que tem como objetivo contribuir para a melhoria da educação pública por meio do uso das tecnologias, mais uma vez aplicará a pesquisa com o objetivo de mapear como os jovens e crianças fazem uso das diferentes tecnologias e de, a partir deste diagnóstico, nortear suas ações e desenvolver projetos voltados a esse público. As escolas participantes terão acesso a seus próprios resultados tabulados para utilizar esse aprendizado na orientação de seus professores.