04/05/2010
Da Convergência Digital
O TIC Empresas 2009, estudo divulgado pelo CGI.br nesta terça-feira constatou que 93% das corporações brasileiras já usam a internet no dia-a-dia, mas a velocidade de conexão ainda é baixa, para os padrões internacionais de boas práticas em TIC.
A banda larga acima de 2 Mbps ainda é distante da maior parte das empresas – a maior parte usa entre 256 Kbps e 2 Mbps – apesar de ter existido um impulso de 10% em 2008, para 16%, em 2009. Um dos entraves é o custo de contratação do link de maior velocidade, apura o CGI.br. Cerca de 12% das empresas ainda usam velocidades abaixo de 300 Kpbs.
“Com certeza, ainda são poucas as empresas que usam velocidade acima de 2 Mbps no país. A maior parte fica entre 256Kbps e 2 Mbps. Muito em função do custo da conexão, mas é fato também que precisamos entender melhor essa realidade”, disse Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br e responsável pelo levantamento TIC Empresas 2009, que ouviu 3700 empresas de todos os portes, entre agosto e outubro do ano passado.
O levantamento apura ainda que a conexão discada – dial up – está praticamente extinta da realidade empresarial. Em 2006, 14% das empresas ainda usavam a tecnologia. Em 2009, ela praticamente desapareceu – apenas 3% usam.
Por sua vez, as conexões DSL (via linha telefõnica) ainda lideram o tipo de acesso à internet – com 60%, mas a competição com as operadoras de cabo começa a dar sinais práticos. O acesso via cabo respondeu por 25% das conexões em 2009, enquanto em 2008, ficava com 22%.
As conexões via radio tiveram pequeno crescimento – de 13% em 2008 para 16% em 2009. As conexões via satélite estão em baixa – com 3% das conexões.
O TIC Empresas 2009 apura também que as conexões via cabo ganham mercado das feitas pela linha telefônica, principalmente, nas regiões onde as operadoras investem pouco e cobram caro, como na Região Norte. Lá, as conexões via DSL caíram de 64% para 43% em 2009.
Já as via cabo, cresceram de 17% para 35%. Um dos segmentos que mais usa a conexão via cabo é o de atividades imobiliárias, com 33%. Nesse setor, as teles perderam espaço – caindo para 55%.
Um dado do TIC Empresas 2009 é o incremento do uso das redes LAN sem fio, onde 41% dos entrevistados afirmaram adotar esse tipo de conexão. Em 2005, apenas 14% tinham essa tecnologia. Em 2008, esse índice passou para 25%.
Quanto maior for o porte das empresa, o uso da rede LAN sem fio cresce – 62% das corporações com mais de 250 funcionários adotam, enquanto 43% das médias – entre 100 e 249 funcionários- também disponibilizam o acesso remoto aos seus funcionários.
Os segmentos que mais usam o acesso remoto são o de Transporte, armazenagem e comunicação, seguidos pelos de atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados para empresas.
De acordo com o CGI.br, o incremento do acesso remoto – além de retratar uma maior adesão à mobilidade corporativa – não deve ser interpretado como uma substituição das redes tradicionais, com fio.
“Há, na realidade, uma adaptação aos novos tempos, com o uso das duas tecnologias, conforme a necessidade de produtividade empresarial”, completa Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br.