Prefeitura oferece internet gratuita em Araraquara

Lançado dia 20 de março, o Programa Internet para Todos já ultrapassou as 2 mil inscrições. A velocidade média é de 64 Kbps por endereço IP e a prefeitura vai verificar periodicamente os acessos para impedir violação de direitos autorais.

23/03/2010 – A prefeitura de Araraquara quer oferecer serviço de internet gratuita a toda a população, até o final deste ano. Dia 20 de março, lançou o Programa Internet para Todos, que já cobre 80% da área urbana. O sinal é distribuído em rede WiMax, sem fio. A prefeitura contratou da Telefônica um link de 15 Mbps, o que permite uma velocidade média de até 64kbps por IP. Foram instaladas 16 antenas rádio-base de tecnologia israelense, que estão conectadas a uma central que fica na prefeitura. O acesso é para uso residencial, comercial ou industrial.

“Vamos mudar a vida de muita gente com essa ferramenta. Os jovens vão melhorar sua condição de estudo e acesso à informação. A internet é uma revolução mundial e não é justo que somente aqueles que tenham condições financeiras possam acessar. Por isso a grande preocupação nossa é levar sinal para os bairros mais populares”, ressaltou o prefeito Marcelo Barbieri, que estima, até o final de abril, garantir o sinal também para o Distrito de Bueno de Andrada e para os assentamentos Bela Vista e Monte Alegre.

Limites e restrições
Para utilizar o serviço, os usuários precisam se cadastrar e assinar o Termo de Adesão de Acesso Gratuito à Internet Municipal. Nesse termo, estão descritas as restrições do programa a determinados conteúdos: não é permitido acesso a conteúdos ilegais, como sites de pedofilia, racismo ou que incitem a violência, nem download de arquivos de filme ou música que não sejam de livre acesso. Uma lei municipal (6.980), aprovada em 4 de maio de 2009, determina que “a título de controle, a prefeitura fará periodicamente a verificação dos acessos”.

O prefeito explica que essa limitação tem dois objetivos. O primeiro, é que o serviço está sendo oferecido para a inclusão digital de populações de baixa renda, cujo foco é a utilização escolar da internet. A outra razão da proibição é que os testes indicaram que a rede, com a configuração projetada para a primeira fase, não suportaria o intenso uso multimídia. “Se não limitássemos, iríamos ter congestionamento. Nos teste, vimos pessoas baixando filmes durante 19 horas. O propósito do programa não é esse. O que nós queremos é que as crianças de regiões mais pobres usem a internet para estudar”.