Nos EUA, Plano de Banda Larga visa colocar país na liderança em acesso e inovação.

A Federal Communications Commision (FCC) apresentou hoje ao congresso americano seu plano de banda larga para conectar 100 milhões de domicílios a 100 Mbps em até dez anos.

15/03/2010 – Encaminhado hoje ao Congresso pela Federal Communications Commission (FCC), responsável pela sua elaboração, o Plano de Banda Larga dos Estados Unidos vai consumir, em 10 anos, US$ 15,5 bilhões de recursos públicos que terão que ser mobilizados em fundo de banda larga. Ou talvez um pouco mais, se o Congresso norte-americano decidir acelerar a cobertura das áreas (comunidades rurais e isoladas) ainda sem o serviço.

Este investimento deverá ser recuperado pelo Estado com a venda, também ao longo dos próximos dez anos, das licenças de uso de novos 500 MHz de frequências, 300 MHZ dos quais devem ser tornados disponíveis para uso móvel em cinco anos.

O Plano de Banda Larga, desenvolvido pela FCC por determinação do Congresso no início de 2009, vem sendo considerado pelo governo, por especialistas e pela mídia dos Estados Unidos como a iniciativa que vai eliminar o gap dos Estados Unidos em relação a países com infraestrutura de banda larga mais avançada — como Japão, Coreia e países nórdicos –, aumentar sua competitividade global, acelerar o crescimento econômico, a geração de empregos e a oferta de serviços sociais de melhor qualidade.

Segundo Julius Genachowski, chairman da FCC, em nota divulgada pela entidade, “trata-se de um plano de ação, uma ação necessária para enfrentar os desafios da competitividade global e direcionar o poder da banda larga para ajudar no desenvolvimento de questões nacionais vitais”.

Intitulado “Conectando a América: O Plano Nacional de Banda Larga”, o projeto prevê uma série de mecanismos de estímulo ao investimento privado. As expectativas do mercado, com base nos muitos estudos contratados pela FCC, são de que ele possa mobilizar, em dez anos, US$ 350 bilhões.

As principais metas e recomendações do plano podem ser resumidas nas seguintes pontos:

. Conectar 100 milhões de domicílios a 100 Mbps, construindo o maior mercado de usuários de banda larga rápida e garantindo que novos empregos e novos negócios sejam criados.
. Garantir o acesso a 1 Gbps a instituições como escolas, hospitais e instalações militares, garantindo ao país hospedar os experimentos que vão produzir as ideias e as indústrias do amanhã.
. Garantir que os Estados Unidos serão líderes em inovação em telefonia móvel ao garantir a liberação de novos 500 MHz de frequências para uso licenciado e não licenciado.
. Aumentar de 65% para 90% a penetração da banda larga no país e assegurar que toda criança esteja digitalmente alfabetizada ao deixar a escola secundária.
. Levar conexões baratas de banda larga a comunidades rurais, escolas, bibliotecas e população vulnerável por meio da transferência dos recursos do atual Fundo de Serviço Universal, usado para tecnologias analógicas (telefone) para o Fundo de Conexão da América, em criação e que será dedicado à infraestrutura digital.
. Promover competição no ecossistema de banda larga ao assegurar maior transparência, remover barreiras de entrada e conduzir análises de mercado com dados de qualidade referentes a preço, velocidade e disponibilidade.
. Ampliar a segurança do povo norte-americano por meio da criação de uma rede nacional de segurança pública, interoperável e na tecnologia sem-fio, que consumirá acima de US$ 6,5 bilhões ao longo de dez anos.

Clique aqui, para conhecer a íntegra do Plano de Banda Larga dos Estados Unidos, com 14 capítulos e 340 páginas, fora os apêndices. (Do Tele.Síntese).