11/02/2010 – O Google anunciou ontem que construirá uma rede nacional baseada em fibras ópticas nos Estados Unidos para testes. “Nós planejamos construir, em caráter experimental, uma rede de banda larga em alguns lugares dos Estados Unidos”, diz um comunicado da empresa em seu blog oficial. “Nós vamos fornecer a internet com velocidade 100 vezes mais rápida do que a maioria dos americanos tem acesso hoje, com 1 Gbps”, diz a nota.
A idéia é oferecer o serviço para um público entre 50 mil e 500 mil habitantes. A empresa está conduzindo um experimento próprio de internet que permitirá transmissão rápida de vídeos 3D em alta definição, entre outros avanços. Uma das experiências será a criação de uma nova geração de aplicações para web, em que os desenvolvedores poderão tirar proveito da alta velocidade do acesso. “Isso gerará a necessidade de criar novas técnicas de engenharia de software”, destaca a Google.
A intenção é operar a rede física na modalidade de acesso aberto, em que o usuário poderá escolher entre vários provedores. Segundo a empresa, a manutenção da rede será aberta e transparente.
Como parte da iniciativa, a Google lançou uma RFI (Request for Information) em sua página oficial para levantar informações sobre a capacidade dos fornecedores e para identificar as comunidades e os parceiros governamentais interessados. A empresa estará coletando respostas até 26 de março e entrará em contato com as instituições que se manifestarem ao longo de 2010. (Do Tele.Síntese)
Implicações políticas
Rick Whitt, principal assessor jurídico do Google na área de telecomunicações, disse no blog da empresa que “o projeto faz parte de nossas iniciativas para expandir e melhorar o acesso dos consumidores à internet — desde nossa rede Wi Fi gratuita em Mountain View, na Califórnia, até nossa participação na discussão sobre o leilão de frequências na faixa de 700MHz e nosso trabalho para abrir os espaços vagos nas frequências de broadcast para usuários não-licenciados”, explicou Rick Whitt.
“Ao construir nossa plataforma de testes, pretendemos incorporar as políticas que defendemos em áreas como a neutralidade da rede e proteção à privacidade. Mesmo em pequena escala, construir uma rede experimental vai também suscitar questões políticas e legais importantes, desde as leis ambientais locais até os direitos de passagem. Então vamos trabalhar bem próximos a comunidades, autoridades públicas e outras partes interessadas para fazer isso da maneira certa”. (Do Ars Technica)