02/12/09 – Pensar uma estrutura de rede, com escala, em vez de kits e links dedicados para telecentros. De acordo com Franklin Coelho, coordenador do projeto Rio Digital, dentro do qual está o Baixada Digital, esta é a principal contribuição que a o projeto fluminense tem a dar aos formuladores do Plano Nacional de Banda Larga. O Baixada Digital, inaugurado oficialmente hoje, oferece sinal gratuito de internet sem fio a cerca de 1,4 milhão de habitantes da Baixada Fluminense.
Franklin acredita que a política deve ser, na verdade, de um Plano Nacional de Cidades Digitais, pensado a partir de um arranjo institucional que defina claramente os papéis do governo federal (estruturação de um backbone nacional), estaduais (coberturas regionais, rede de acesso para os municípios) e municipais (distribuição do sinal). “Esperamos que nossa experiência contribua para que o governo trabalhe com este desenho”, afirma ele.
O investimento para oferecer sinal de banda larga a cerca de 1,4 milhão de habitantes em seis municípios da Baixada Fluminense foi de R$ 3 milhões. O link da Rede Rio que vai escoar o tráfego gerado pela população tem 400 Mbps e poderá ser ampliado, se a demanda por banda for maior que esta.
Franklin esclarece que banda larga, para o Rio Digital, é um sinal a partir de 2 Mbps. E que não há plano de limitar a capacidade de tráfego de cada endereço IP, a não ser que a demanda aumente em uma velocidade maior do que o prazo necessário para, se necessário, licitar maior capacidade para a Rede Rio. Veja um artigo de sua autoria sobre a Política Nacional de Cidades Digitais na edição de outubro da revista ARede.