Software das urnas eletrônicas começa a ser testado amanhã

Os testes serão realizados entre os dias 10 e 13 de dezembro. Entre os participantes há equipes da Polícia Federal, da Cáritas Informática e da Controladoria Geral da União.

09/11/09 – Trinta e oito especialistas, inclusive hackers, começam a testar a partir desta terça-feira (10) a segurança dos softwares das urnas eletrônica de 2010 e dos demais componentes do sistema de votação. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adotou o critério da metodologia científica como ferramenta para os testes, mas não abrirá sua rede de dados já que não é usada pela Justiça Eleitoral em eleições. A finalidade é obter, dos testes que serão realizados de 10 a 13 de novembro, o máximo possível de contribuições ao aperfeiçoamento do sistema.

Os testes vão ocorrer das 9h às 18h, no auditório do edifício-sede do Tribunal. Os participantes são de instituições e órgãos como Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU), Information System Security Association – ISSA Capítulo Brasil, Cáritas Informática. Há também pessoas que se inscreveram por conta própria e sete representantes da Marinha. Os partidos políticos não quiseram participar dos testes.

A ISSA Capítulo Brasil, associação em segurança da informação reconhecida mundialmente, escalou um de seus diretores técnicos para testar o sistema. A Associação é uma organização internacional sem fins lucrativos de profissionais de segurança que atuam na área como funcionários de empresas ou consultores.

Seis peritos criminais da Polícia Federal, especializados em ciência ou engenharia da computação e engenharia de redes, farão o teste em grupo.

Outro teste será realizado por uma equipe de seis auditores da CGU, dentre eles um engenheiro e um perito em segurança de redes, além de especialistas em ciência e engenharia da computação. Eles atuam em uma área da CGU especializada em auditar a segurança de sistemas eletrônicos.

A Cáritas Informática, empresa privada de auditoria que já representou o Partido dos Trabalhadores (PT) na análise de código fonte de softwares de votação e em solenidades no Tribunal de lacração de softwares das urnas eletrônicas de eleições passadas, desta vez apresentou um plano de testes por sua própria conta.

O edital estabeleceu algumas regras básicas. Por exemplo, os testes devem ser repetíveis diante da Comissão Avaliadora, não podem destruir o hardware da urna eletrônica, que é um patrimônio público, e devem visar ao aprimoramento do sistema eletrônico de votação.

O TSE informou no edital que fornecerá softwares oficiais e os equipamentos necessários para facilitar a realização dos testes. Porém, os investigadores são livres para trazer seus próprios recursos (ferramentas e softwares). Não pode haver dano ao hardware da urna. (Do Tele.Síntese)