Foi a primeira vez que um presidente da República prestigiou o FISL, em dez anos de realização do evento. Acompanhado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje no FISL e falou aos participantes do fórum, exaltando a adoçao do software livre: “O governo tinha duas opções: ou ia para a cozinha fazer seu prato com os próprios tempêros, ou aceitava comer o que a Microsoft queria nos vender. Graças a Deus, prevaleceu a ideia da liberdade”. Lula disse ainda que o software livre “dá às pessoas a oportunidade de criar coisas novas”.
Ao comentar a questão do projeto Azeredo, conhecido como AI-5 Digital, Lula afirmou que é preciso responsabilizar as pessoas pelo que fazem na internet, mas não proibir. “Neste país, é proibido proibir”, diisse.
A ministra Dilma fez um balanço dos projetos de governo que utilizam software livre e comparou o ativismo do software livre às lutas da juventude de sua geração: “As formas são diferentes, mas temos muito em comum. Buscamos relações sociais e econômicas cada vez mais pautadas pela solidariedade. Acreditamos qeu um outro mundo é possível”. Muito aplaudida pelo público,informou que mais de R$ 370 milhões foram economizados com a implantação de softwares que não exigem o pagamento de licenças.
O coordenador do FISL, Marcelo Branco, alertou sobre os ataques que a internet está sofrendo, no mundo e no Brasil. O projeto Azeredo, apontou, tem diversos equívocos. Entre eles, faz uma confusão como propor uma lei contra cibercrimes em nome do combate à pedofilia: “Já temos uma lei antipedofilia aprovada”.
fisl 10: Lula diz, sobre projeto Azeredo, que é proibido proibir
Lula deixou clara sua posição contra a criminalização da internet. Para ele, não é possível permitir "que se entre nas casas das pessoas para espionar o que elas estão fazendo, nem sequestrar seus computadores".