Entrevista: Imre Simon
O professor
Imre Simon é um dos pioneiros no estudo e na adoção de software livre
no Brasil. Desde 1994, quando dirigiu a Comissão Central de
Informártica da Universidade de São Paulo, defende o uso dessa
tecnologia. Nesta entrevista, ele explica que o software livre pode
gerar oportunidades de capacitação intelectual no Brasil e conta por
que continua, depois de tantos anos, apostando em seu crescimento.
Entre outras coisas, porque a comunidade de desenvolvimento de software
livre criou uma nova forma de produção de bens intelectuais e de
riqueza, que não é organizada pela hierarquia rígida das empresas nem
pelos preços do mercado e é feita a partir de bens culturais
compartilhados. Patrícia Cornils
"Efeitos emocionantes
na periferia".
ARede • O senhor acompanha e defende o uso do software livre desde 1993. Por que?
Imre Simon • Sou um grande defensor do software livre porque acho uma
oportunidade extraordinária para o Brasil. Sua forma de desenvolvimento
coloca uma tecnologia totalmente aberta, transparente, ao alcance de
qualquer pessoa com capacitação para entendê-la e transformá-la.
Acredito que, sem software livre, essa oportunidade não existiria nem
para o Brasil nem para o grupo social que é, dentro do país, alvo das
políticas de inclusão digital. Aqui, a política de apoio ao software
livre é exemplar, mas acaba sendo conduzida principalmente pelo PT. No
Rio Grande do Sul, saiu o governo do Olívio Dutra (PT) e o Germano
Rigotto (PMDB) cancelou boa parte das coisas que havia lá. Para que
esse tipo de retrocesso não ocorra, é preciso que isso isso vire uma
discussão nacional. O ideal seria que isso não fosse uma política
partidária, porque não é.
Imre Simon • Em tecnologias fechadas, como automóveis ou um software
proprietário, o acesso é muito complicado, porque as empresas fazem
seus projetos no exterior. Temos uma indústria automobilística aqui há
50 anos e existe algum projeto local, mas de forma alguma se compara
com o que há no Japão ou nos Estados Unidos. Os carros são montados a
partir de modelos feitos no exterior. No caso de software básico, o
sistema operacional Windows é totalmente desenvolvido em Redmond,
Estado de Washington. A capacitação brasileira nesse processo é muito
pouca. Em um sistema operacional totalmente visível, podemos dar uma
contribuição tecnológica altamente significativa. O Marcelo Tosatti,
curitibano que foi escolhido como mantenedor do núcleo (kernel) da
versão 2.4 do Linux, é o melhor exemplo para isso.
Imre Simon • Porque ele criou uma nova forma de produção. O professor
Yochai Benkler, da Universidade de Direito de Yale (EUA), batizou essa
nova forma de commons based peer production. É difícil traduzir, porque
não temos, em português, um termo adequado para o conceito de
propriedade compartilhada por uma comunidade, o commons. Trata-se de
uma nova modalidade produtiva de riquezas, em que uma comunidade aberta
coopera, de forma essencialmente espontânea, descoordenada e
voluntária, para a produção de um bem informacional ou cultural
compartilhado. Diferente das empresas, que têm um funcionamento rígido,
baseado em hierarquias ou em preços, no mercado. Inventou-se, criou-se
essa nova forma produtiva. Quem puxou essa coisa toda foi o software
livre. Você não vai encontrar nenhum outro campo, nem mesmo o software
antes do amadurecimento da internet, com essas características, porque
isso depende de um meio de comunicação extremamente poderoso e de um
meio de armazenamento das informações.
ARede • Isso pode ser reproduzido em outros setores?
Imre Simon • Talvez o exemplo mais visível disso seja a Wikipedia, a
enciclopédia construída de forma colaborativa na internet. Construiu-se
muito rapidamente, sem relações de poder dizendo o que as pessoas vão
fazer e como. E isso não quer dizer que é totalmente anárquica. Há
métodos discutidos de forma permanente e com muita intensidade. A
Enciclopédia Britânica vem sendo feita há 200 e tantos anos. E, agora,
chega essa moçada e constrói algo que, em alguns pontos, é melhor do
que a Enciclopédia Britânica, tem características de maior
estabilidade. Porque o processo de construção está mais próximo do
nosso DNA, de nossa maneira social de ser, do que a imposição
artificial, legal, da propriedade intelectual. De forma alguma estou
questionando a produção da Enciclopédia Britânica, tenho três edições
em minha casa. Mas nasceu uma coisa paralela, muito mais natural e
adequada. Essa forma de produzir tem mais a ver com nossa natureza
social, de propagação da informação. A informação foi feita para ser
livre.
ARede • Como é o trabalho de um desenvolvedor?
Imre Simon • Existem muitas maneiras de programar. Há mecânicos que
apertam parafuso e há aquele para quem você leva o carro quando ele
está com um problema muito estranho, terrível. O cara dá uma olhada e
resolve. A mesma coisa se aplica à programação. O kernel é a área mais
complicada de programar. Você trabalha completamente sem os recursos do
computador, sem nenhuma ferramenta, nenhum menu. Precisa justamente
implementar e colocar essas ferramentas básicas que vão fazer a ponte
entre o software e o hardware. E curioso que um dos maiores grupos de
desenvolvimento de software livre seja de pessoas que têm a capacidade
de programar com esse nível de sofisticação. Com muito pouca ajuda
externa, eles se juntaram e fizeram o kernel, um núcleo que tem 5
milhões de linhas de código. O Marcelo Tosatti é uma pessoa chave no
kernel 2.4 (agora já o 2.6). Mas o 2.4 ainda tem muitos usuários, e o
Marcelo, enquanto o 2.6 estava sendo desenvolvido, recebeu do Linus
(Linus Torvalds, criador do Linux) a tarefa de manter o 2.4. O produto
final que ele solta é usado por milhões de pessoas e computadores que
se atualizam de acordo com a nova versão. É uma responsabilidade
gigantesca. Tanto que ele deve ser um dos poucos brasileiros que tem
uma página na Wikipedia, em inglês. Um menino de 20 anos e a atenção do
mundo todo está em cima dele.
ARede • Uma pessoa como o Marcelo é produto de um ambiente especial de formação?
Imre Simon • O Marcelo trabalhou na Conectiva, que tinha um ambiente
muito bom para desenvolvimento de kernel, com várias pessoas, inclusive
do exterior. Ele cresceu no meio desse pessoal. Mas existem no mundo
milhares de ambientes mais equipados do que a Conectiva, em Curitiba.
Quando pensamos em inclusão digital, sabemos que, através dessa
tecnologia e dessa sistemática de desenvolvimento, outro programador, o
Cléber, da Cidade Tiradentes, em São Paulo, encontrou uma forma de se
inserir economicamente de maneira muito mais fácil do que seus vizinhos
(saiba mais). O brasileiro tem muito valor
cultural próximo e está muito bem nesses processos todos. Criou a maior
comunidade no Orkut, está fazendo avanços grandes – apesar de menores
do que eu gostaria – no software livre. Estamos criando um caminho
único. Mas seria preciso criar mecanismos para facilitar a contribuição
para o desen- volvimento, não simplesmente usar o software livre como
uma plataforma alternativa.
ARede • Faz diferença ter telecentros com Linux ou Windows?
Imre Simon • O Linux está pronto para servir em telecentros. E ele
poder estar lá é uma oportunidade fantástica de contribuir para o
produto, não só usando, mas resolvendo os problemas que eventualmente
surjam. Não é uma transição tranqüila; qualquer migração é complexa. No
caso
Plataformas livres na incusão digital
podem fazer surgir um Linus.
do desenvolvimento, existe uma variedade praticamente infinita de
possibilidades e capacidades de colaboração. O cooperante mais
primitivo, o que menos coopera, mas tem um papel extraordinário, é o
usuário. Essa base é fundamental, sem ela não existem as partes
superiores, e elas são proporcionais, como em uma pirâmide. O Brasil,
levando inclusão digital com software livre para a periferia, vai fazer
surgir outros iguais ao Cléber. Ou um Linus. Quanto maior a base onde
isso tem visibilidade, maior a chance de surgirem essas pessoas e de
elas fluírem dentro da hierarquia para encontrarem sua posição. Se isso
se espalhar, na periferia, pode provocar um efeito realmente
emocionante. Um Linus, que nasceu na Finlândia, se não tivesse vencido
nisso, venceria em outras coisas. Mas, no Brasil, uma pessoa que não
teria muitas outras oportunidades pode encontrar uma e subir
rapidamente e realizar seu talento. Somente o software livre não é
suficiente para fazer isso, mas se tem alguma coisa que pode fazer isso
é o software livre. Não o proprietário.
ARede • E o que acontece no resto do mundo?
Imre Simon • O software livre progride de maneira irrefreável e um dos
motivos é o barateamento do hardware. O hardware está se transformando
em commodity, em função de uma coisa chamada Lei de Moore. Moore,
físico da Universidade de Stanford e um dos fundadores da Intel, fez
uma previsão de que, a cada 18 meses, a capacidade de processamento, o
número de transistores, que você poderia colocar em um chip, dobraria.
Isso é uma lei fantasticamente forte, que leva a um processo
exponencial em um período de tempo constante. De cinco em cinco anos,
ou você consegue comprar o mesmo computador dez vezes mais barato ou se
compra pelo mesmo preço um computador com dez vezes mais capacidade de
processamento. Isso, no limite, faz do hardware uma commodity. Acontece
que um hardware commodity não suporta um software que não o seja, desde
que exista. E existe, está aí o software livre. O software livre é a
Imre Simon é um dos pioneiros no estudo e na adoção de software livre
no Brasil. Desde 1994, quando dirigiu a Comissão Central de
Informártica da Universidade de São Paulo, defende o uso dessa
tecnologia. Nesta entrevista, ele explica que o software livre pode
gerar oportunidades de capacitação intelectual no Brasil e conta por
que continua, depois de tantos anos, apostando em seu crescimento.
Entre outras coisas, porque a comunidade de desenvolvimento de software
livre criou uma nova forma de produção de bens intelectuais e de
riqueza, que não é organizada pela hierarquia rígida das empresas nem
pelos preços do mercado e é feita a partir de bens culturais
compartilhados. Patrícia Cornils
"Efeitos emocionantes
na periferia".
ARede • O senhor acompanha e defende o uso do software livre desde 1993. Por que?
Imre Simon • Sou um grande defensor do software livre porque acho uma
oportunidade extraordinária para o Brasil. Sua forma de desenvolvimento
coloca uma tecnologia totalmente aberta, transparente, ao alcance de
qualquer pessoa com capacitação para entendê-la e transformá-la.
Acredito que, sem software livre, essa oportunidade não existiria nem
para o Brasil nem para o grupo social que é, dentro do país, alvo das
políticas de inclusão digital. Aqui, a política de apoio ao software
livre é exemplar, mas acaba sendo conduzida principalmente pelo PT. No
Rio Grande do Sul, saiu o governo do Olívio Dutra (PT) e o Germano
Rigotto (PMDB) cancelou boa parte das coisas que havia lá. Para que
esse tipo de retrocesso não ocorra, é preciso que isso isso vire uma
discussão nacional. O ideal seria que isso não fosse uma política
partidária, porque não é.
ARede •
Por que isso é importante para o país?Imre Simon • Em tecnologias fechadas, como automóveis ou um software
proprietário, o acesso é muito complicado, porque as empresas fazem
seus projetos no exterior. Temos uma indústria automobilística aqui há
50 anos e existe algum projeto local, mas de forma alguma se compara
com o que há no Japão ou nos Estados Unidos. Os carros são montados a
partir de modelos feitos no exterior. No caso de software básico, o
sistema operacional Windows é totalmente desenvolvido em Redmond,
Estado de Washington. A capacitação brasileira nesse processo é muito
pouca. Em um sistema operacional totalmente visível, podemos dar uma
contribuição tecnológica altamente significativa. O Marcelo Tosatti,
curitibano que foi escolhido como mantenedor do núcleo (kernel) da
versão 2.4 do Linux, é o melhor exemplo para isso.
ARede •
Por que isso é possível com o software livre?Imre Simon • Porque ele criou uma nova forma de produção. O professor
Yochai Benkler, da Universidade de Direito de Yale (EUA), batizou essa
nova forma de commons based peer production. É difícil traduzir, porque
não temos, em português, um termo adequado para o conceito de
propriedade compartilhada por uma comunidade, o commons. Trata-se de
uma nova modalidade produtiva de riquezas, em que uma comunidade aberta
coopera, de forma essencialmente espontânea, descoordenada e
voluntária, para a produção de um bem informacional ou cultural
compartilhado. Diferente das empresas, que têm um funcionamento rígido,
baseado em hierarquias ou em preços, no mercado. Inventou-se, criou-se
essa nova forma produtiva. Quem puxou essa coisa toda foi o software
livre. Você não vai encontrar nenhum outro campo, nem mesmo o software
antes do amadurecimento da internet, com essas características, porque
isso depende de um meio de comunicação extremamente poderoso e de um
meio de armazenamento das informações.
ARede • Isso pode ser reproduzido em outros setores?
Imre Simon • Talvez o exemplo mais visível disso seja a Wikipedia, a
enciclopédia construída de forma colaborativa na internet. Construiu-se
muito rapidamente, sem relações de poder dizendo o que as pessoas vão
fazer e como. E isso não quer dizer que é totalmente anárquica. Há
métodos discutidos de forma permanente e com muita intensidade. A
Enciclopédia Britânica vem sendo feita há 200 e tantos anos. E, agora,
chega essa moçada e constrói algo que, em alguns pontos, é melhor do
que a Enciclopédia Britânica, tem características de maior
estabilidade. Porque o processo de construção está mais próximo do
nosso DNA, de nossa maneira social de ser, do que a imposição
artificial, legal, da propriedade intelectual. De forma alguma estou
questionando a produção da Enciclopédia Britânica, tenho três edições
em minha casa. Mas nasceu uma coisa paralela, muito mais natural e
adequada. Essa forma de produzir tem mais a ver com nossa natureza
social, de propagação da informação. A informação foi feita para ser
livre.
ARede • Como é o trabalho de um desenvolvedor?
Imre Simon • Existem muitas maneiras de programar. Há mecânicos que
apertam parafuso e há aquele para quem você leva o carro quando ele
está com um problema muito estranho, terrível. O cara dá uma olhada e
resolve. A mesma coisa se aplica à programação. O kernel é a área mais
complicada de programar. Você trabalha completamente sem os recursos do
computador, sem nenhuma ferramenta, nenhum menu. Precisa justamente
implementar e colocar essas ferramentas básicas que vão fazer a ponte
entre o software e o hardware. E curioso que um dos maiores grupos de
desenvolvimento de software livre seja de pessoas que têm a capacidade
de programar com esse nível de sofisticação. Com muito pouca ajuda
externa, eles se juntaram e fizeram o kernel, um núcleo que tem 5
milhões de linhas de código. O Marcelo Tosatti é uma pessoa chave no
kernel 2.4 (agora já o 2.6). Mas o 2.4 ainda tem muitos usuários, e o
Marcelo, enquanto o 2.6 estava sendo desenvolvido, recebeu do Linus
(Linus Torvalds, criador do Linux) a tarefa de manter o 2.4. O produto
final que ele solta é usado por milhões de pessoas e computadores que
se atualizam de acordo com a nova versão. É uma responsabilidade
gigantesca. Tanto que ele deve ser um dos poucos brasileiros que tem
uma página na Wikipedia, em inglês. Um menino de 20 anos e a atenção do
mundo todo está em cima dele.
ARede • Uma pessoa como o Marcelo é produto de um ambiente especial de formação?
Imre Simon • O Marcelo trabalhou na Conectiva, que tinha um ambiente
muito bom para desenvolvimento de kernel, com várias pessoas, inclusive
do exterior. Ele cresceu no meio desse pessoal. Mas existem no mundo
milhares de ambientes mais equipados do que a Conectiva, em Curitiba.
Quando pensamos em inclusão digital, sabemos que, através dessa
tecnologia e dessa sistemática de desenvolvimento, outro programador, o
Cléber, da Cidade Tiradentes, em São Paulo, encontrou uma forma de se
inserir economicamente de maneira muito mais fácil do que seus vizinhos
(saiba mais). O brasileiro tem muito valor
cultural próximo e está muito bem nesses processos todos. Criou a maior
comunidade no Orkut, está fazendo avanços grandes – apesar de menores
do que eu gostaria – no software livre. Estamos criando um caminho
único. Mas seria preciso criar mecanismos para facilitar a contribuição
para o desen- volvimento, não simplesmente usar o software livre como
uma plataforma alternativa.
ARede • Faz diferença ter telecentros com Linux ou Windows?
Imre Simon • O Linux está pronto para servir em telecentros. E ele
poder estar lá é uma oportunidade fantástica de contribuir para o
produto, não só usando, mas resolvendo os problemas que eventualmente
surjam. Não é uma transição tranqüila; qualquer migração é complexa. No
caso
Plataformas livres na incusão digital
podem fazer surgir um Linus.
do desenvolvimento, existe uma variedade praticamente infinita de
possibilidades e capacidades de colaboração. O cooperante mais
primitivo, o que menos coopera, mas tem um papel extraordinário, é o
usuário. Essa base é fundamental, sem ela não existem as partes
superiores, e elas são proporcionais, como em uma pirâmide. O Brasil,
levando inclusão digital com software livre para a periferia, vai fazer
surgir outros iguais ao Cléber. Ou um Linus. Quanto maior a base onde
isso tem visibilidade, maior a chance de surgirem essas pessoas e de
elas fluírem dentro da hierarquia para encontrarem sua posição. Se isso
se espalhar, na periferia, pode provocar um efeito realmente
emocionante. Um Linus, que nasceu na Finlândia, se não tivesse vencido
nisso, venceria em outras coisas. Mas, no Brasil, uma pessoa que não
teria muitas outras oportunidades pode encontrar uma e subir
rapidamente e realizar seu talento. Somente o software livre não é
suficiente para fazer isso, mas se tem alguma coisa que pode fazer isso
é o software livre. Não o proprietário.
ARede • E o que acontece no resto do mundo?
Imre Simon • O software livre progride de maneira irrefreável e um dos
motivos é o barateamento do hardware. O hardware está se transformando
em commodity, em função de uma coisa chamada Lei de Moore. Moore,
físico da Universidade de Stanford e um dos fundadores da Intel, fez
uma previsão de que, a cada 18 meses, a capacidade de processamento, o
número de transistores, que você poderia colocar em um chip, dobraria.
Isso é uma lei fantasticamente forte, que leva a um processo
exponencial em um período de tempo constante. De cinco em cinco anos,
ou você consegue comprar o mesmo computador dez vezes mais barato ou se
compra pelo mesmo preço um computador com dez vezes mais capacidade de
processamento. Isso, no limite, faz do hardware uma commodity. Acontece
que um hardware commodity não suporta um software que não o seja, desde
que exista. E existe, está aí o software livre. O software livre é a
transformação do software em commodity: ele tira o valor de
propriedade, de mercado, de objeto, de produto do software.
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal
• Versão em português da Wikipedia, a enciclopédia escrita em
colaboração pelos seus leitores. O site usa a ferramenta Wiki, que
permite a qualquer pessoa editar o texto.
http://www.ime.usp.br/~is/
• Página do professor Imre Simon, com trabalhos sobre computação,
sociedade da informação e links para textos, em inglês, de estudiosos
do software livre.
http://www.softwarelivre.org/news/4229 • Texto de Marcelo Tosatti sobre a migração para sistemas operacionais abertos e o desenvolvimento do Linux.