Telecentros – Enquanto o trem não vem

O programa Acessa São Paulo inaugurou 12 unidades para navegação gratuita na internet em estações de trem e de metrô.


O programa Acessa São Paulo inaugurou 12 unidades para navegação gratuita na internet em estações de trem e de metrô. 

O Acessa São Paulo, programa de centros de acesso gratuito à
internet mantidos pelo governo do estado, conta com 12 novas unidades,
instaladas, pela primeira vez, em estações de trem e de metrô da
capital. A rede do Acessa conta com modelos diferentes de infocentros –
os comunitários, num total de 54, instalados em parceria com entidades
da sociedade; os municipais, 153, abertos em conjunto com prefeituras;
e os 50 Popais-Posto Público de Acesso à Internet, localizados dentro
de órgãos de governo. Ao todo, são 257 unidades do Acessa, que devem
chegar a 300 até o final do ano.


Unidades dentro das estações.

A escolha dos locais para as futuras unidades será feita segundo
critérios que incluem a densidade populacional da região, a demanda e a
inexistência de sobreposição com outros projetos. “Estamos conversando
com a prefeitura, para evitar colocar infocentros do estado ao lado de
telecentros municipais”, explica Ricardo Kobashi, coordenador técnico
do Acessa São Paulo.

Além disso, ele garante que todos os documentos, manuais, relatórios,
configurações, enfim, toda a história documental do programa será
publicada online para consulta. “O objetivo é compartilhar essas
informações com o público em geral, com os pesquisadores e gestores de
programas de inclusão digital. Estamos abrindo as informações para que
todos possam aprender com nossos erros e acertos. As primeiras
informações já devem ser publicadas em dezembro, quando vamos inaugurar
nosso novo site”, afirma Kobashi. Até dezembro, também deve estar 100%
completa a migração da rede para software livre – a distribuição Acessa
Livre, a ser oferecida pelo site -, atualmente já concluída em 70% das
unidades.

O Acessa São Paulo, criado em 2000, já registra mais de 12 milhões de
acessos nesse período, e reúne cerca de 515 mil usuários cadastrados. O
coordenador técnico do projeto explica que a idéia de instalar
infocentros em estações de trem e de metrô busca aproveitar a enorme
capilaridade do sistema de transporte. E estarão localizados para o
lado de dentro das estações, depois das catracas. “Por uma questão de
segurança e porque o projeto foi pensado para o usuário de transporte”,
diz Kobashi.


Área reservada, banda larga e
monitor.

Ele acredita que as unidades nas estações vão ter perfis diferentes.
Dependendo da estação, com maior ou menor afluxo de passageiros, o
infocentro poderá ter uma vocação para atendimento de volume, ou para
desenvolvimento local, mais parecido com um infocentro comunitário.
“Vamos ver como a população vai usar os recursos, para, se for o caso,
fazer as adaptações necessárias”, afirma.

As unidades contam com dez computadores, com exceção do infocentro no
metrô da Sé, onde são 20 terminais. A rede tem um servidor P4 ou
similar e estações thin client Celeron 1,8 MHz ou similar. Os
equipamentos rodam a suíte de aplicativos Open Office, além do Gimp,
editor de imagens, os navegadores Opera e Galeon, o XMMS, para tratar
arquivos musicais, o Mplayer, para assistir a vídeos, o Calc,
calculadora normal e científica para cálculos matemáticos; o K3b,
gravador de CDs, o XPDF, leitor de arquivos do tipo PDF, o ARK,
compactador/descompactador de arquivos, o Bluefish, editor de páginas
HTML para criação de sítios na internet, e o Gaim, aplicativo de
mensagens instantâneas.


www.acessasaopaulo.sp.gov.br – Acessa São Paulo.