Telecentros – Uma rede para ensinar a pescar

Este é o objetivo dos Telecentros de Informação e Negócios (TIN), do MDIC, que devem chegar a 3 mil unidades, até o final do ano. Para verificar se eles estão, de fato, formando empreendedores, uma ferramenta vai interligar os gestores online, e uma associação civil foi criada para acompanhar os projetos.


Este é o objetivo dos
Telecentros de Informação e Negócios (TIN), do MDIC, que devem chegar a
3 mil unidades, até o final do ano. Para verificar se eles estão, de
fato, formando empreendedores, uma ferramenta vai interligar os
gestores online, e uma associação civil foi criada para acompanhar os
projetos.
Fernando Couto, Graça Pinto Coelho, Leandro Quintanilha e Verônica Couto.


Pesca, pecuária e agricultura nos campos de milho – apoio do TIN da Apruban, em Taquarituba.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
quer chegar ao final de 2006 com 3 mil Telecentros de Informação e
Negócios (TIN) – ou seja, uma expansão de 484,7% na rede atual, formada
por 513 unidades criadas diretamente pela pasta e por outras 566,
mantidas por parceiros. Mais importante, contudo, são as mudanças que o
ministério começa a fazer na gestão do seu projeto de inclusão digital.
Entre elas, destaca-se a criação, no início de março, da Associação
Telecentro de Informação e Negócios (ATN) – uma organização da
sociedade civil de interesse público (Oscip), cuja finalidade é apoiar
a implantação dos telecentros, as capacitações técnicas e as parcerias
empresariais. E descobrir, finalmente, quem é que está funcionando, de
fato, nessa rede.

O surgimento da entidade foi fomentado pelo MDIC e pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, afirma José Rincon Ferreira,
diretor de articulação tecnológica do MDIC e coordenador do programa
dos Telecentros de Informação e Negócios (TIN). É parte das ações para
fortalecer a sustentabilidade dos projetos. Embora o edital de seleção
exija dos candidatos um plano de negócios, várias unidades de
telecentros indicadas no site do programa, procuradas por ARede, não
funcionavam, estavam com endereço desatualizado ou simplesmente nunca
fizeram parte do programa. “Isso não me surpreende”, reconhece Rincon.
“É um processo comum, quando se trata de empreendedorismo”.

Para tentar saber o que acontece com os telecentros e como
incentivá-los, o diretor do MDIC garante que, em maio, será instalada
uma ferramenta eletrônica para fazer o acompanhamento online, pela
internet, das unidades da rede TIN. O mesmo aplicativo permitirá a
criação de uma comunidade virtual para os gestores das unidades, a
exemplo do que ocorre, por exemplo, com os Pontos de Cultura (via
Conversê, do Ministério da Cultura), e com os Pontos de Presença do
Gesac (na Teia, ambiente do Ministério das Comunicações).

Nos Telecentros de Informação e Negócios, as entidades beneficiadas
recebem computadores (em geral dez estações), capacitação técnica, e
acesso a cursos a distância e serviços do Sebrae. O objetivo principal
é oferecer acesso à tecnologia da informação para projetos
empreendedores, de geração de renda, trabalho e emprego – arranjos
produtivos locais, cooperativas, pequenas e microempresas. Em
contrapartida, o agente escolhido deve comprar o equipamento servidor,
arcar com os custos de pessoal e com a conexão à internet (em áreas sem
infra-estrutura para acesso, o governo tenta viabilizá-la via Gesac ou
Sivam).

Atualmente, o Sebrae apóia 81 desses telecentros, distribuídos pelos 26
estados brasileiros e o Distrito Federal. Não há um plano nacional: a
instituição informa que as seções estaduais têm autonomia para
assessorar os TIN como considerarem possível ou necessário. No Distrito
Federal, a diretora do Sebrae-DF, Maria Eulália Franco, afirma que são
nove telecentros parceiros. “Prestamos consultoria a essas unidades,
principalmente em questões referentes à sua sustentabilidade”, diz. Ela
lembra que qualquer empreendedor do país pode se inscrever nos cursos
(pagos) de ensino a distância oferecidos pelo Sebrae, como o Iniciando
um Pequeno Grande Negócio.

Perfil da rede


O projeto da Ceagesp não é um
TIN. Mas consta do site do
 programa como se fosse.

O MDIC também está convocando os telecentros pelo portal do programa,
para que escrevam, contando sua experiência – a campanha “Mostre seu
Telecentro”. A idéia é conhecer as experiências, detectar onde não
foram adiante ou onde ganharam outro perfil. A Companhia de Entrepostos
e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), por exemplo, embora conste da
relação de unidades da rede TIN, como outras entidades, não tem um
Telecentro de Informação e Negócios. Houve um projeto de instalação,
mas que nunca chegou a ser concretizado.

Segundo Marisa Tanaka, analista de recursos humanos da Ceagesp, os
funcionários que fizeram a solicitação já não trabalham na instituição.
O que há é um programa interno, chamado Inclusão Digital, que mantém
laboratório com dez micros doados pelo Banco do Brasil, para fins
educacionais. Nenhum foco em administração ou empreendedorismo.
Atualmente, 203 pessoas usam gratuitamente o laboratório, sejam alunos
de cursos de iniciação à informática (em software livre) – geralmente
crianças a partir dos seis anos (selecionadas pela OnG Associação Nossa
Turma) –, ou estudantes dos cursos de alfabetização e dos ensinos
fundamental e médio, ministrados pelo próprio Ceagesp, em parceria com
o SESI.

Em outros casos, não há nenhuma política de acesso regular da
comunidade aos equipamentos. O Instituto de Tecnologia Social (ITS),
Oscip dedicada ao desenvolvimento de tecnologias sociais, dispõe de
móveis novos e dez computadores com Windows, que foram adquiridos com
R$ 30 mil, repassados do MDIC por meio do Sebrae. O procedimento é
excepcional: segundo Rincon, os selecionados recebem equipamentos, mas
não o repasse direto de recursos. De acordo com Gerson José da Silva
Guimarães, consultor de projetos da entidade, o telecentro está
desativado desde o final de 2005, quando 800 pessoas estavam na fila
dos cursos. Chegou a funcionar por dois meses e meio, após ser
inaugurado, em setembro de 2005, atendendo a 40 usuários, em geral
comerciantes informais, com cursos de empreendedorismo e gestão de
negócios, que eram ministrados em parceria com o Sebrae e a prefeitura
de São Paulo.

Gerson atribuiu a paralisação à extinção, na administração José Serra
(PSDB), do programa São Paulo Inclui, que, até então, provia recursos
ao ITS para as capacitações. O espaço tem conexão à internet em banda
larga, mas nenhum aviso externo no prédio, localizado na região central
de São Paulo, informa que ali há um telecentro. Ocasionalmente, a
estrutura serve a capacitação de monitores ou digitação de textos de
projetos sociais apoiados pelo ITS. A reabertura do telecentro está
sendo negociada com a Secretaria Municipal do Trabalho, mas, sem
previsão de data.

E dos 11 instalados no Rio Grande do Norte, ao menos dois estão em
situação incerta. Um dos que constam como inaugurado no site do MDIC –
o de Igapó – não pôde ser localizado no endereço disponível. O outro
deveria estar instalado no Instituto Geraldo Neto. Embora o Instituto
exista, no nome do vereador Geraldo Neto (PMDB-Natal), suas portas
estão fechadas e ninguém, nem o próprio vereador, sabe onde estão os
computadores doados pelo MDIC.

Procurado, o vereador disse ÀRede, por meio de seu assessor e chefe de
gabinete, Assis Jorge, que desconhecia o TIN, e que o Instituto era
presidido por Luciana Galvão. Mas não sabia informar nada sobre o
funcionamento do órgão e tampouco tinha como contatar a presidente. A
reportagem esteve no local. Duas moças que trabalham em lojas vizinhas
à casa informaram que lá funcionou, até o final do ano passado, o
Instituto Geraldo Neto, prestando assistência médica e jurídica à
população. Informaram, contudo, que atividade do Instituto se limita
aos períodos de eleição e que ele deverá ser reaberto este mês.

Em relação às outras oito unidades TIN do Rio Grande do Norte, a
reportagem conseguiu encontrar três funcionando e promovendo cursos de
inclusão digital para jovens e adultos. Um deles, o Cidadão do Amanhã,
na cidade de Santa Cruz, a 120 quilômetros de Natal, é um telecentro,
mas não participa do convênio com o Ministério. A gestão e os custos
são de responsabilidade da prefeitura local, e as máquinas foram
cedidas pelo Sebrae-RN.

Produtivos


Micros e móveis novos no TIN do
ITS. Mas ele não Funciona.

Mas há um TIN no Serviço Nacional de Cooperativismo – Sescoop, em
Natal. Trabalha junto com a Secretaria de Ação Social, Sistema Nacional
de Emprego – Sine e cooperativas associadas ao sistema, atendendo 48
pessoas por dia. Seus gestores devem receber o treinamento do MDIC em
maio. Em Mossoró, o TIN fica na Fundação Municipal de Apoio à Geração
de Emprego e Renda – Funger. Com menos de um mês de funcionamento,
recebe uma turma de jovens da comunidade para capacitação profissional.
Começaram com dez alunos indicados pela Fundação, que é gestora do
Projeto e financia a banda larga da conexão. Entre os parceiros da rede
TIN no Rio Grande do Norte, a Funger é a única instituição a usar o
Linux, em computadores doados pela CEF, no mês passado.

Experiências produtivas de empreendedorismo, em unidades de informação
e negócios, também apontam para a possibilidade de articulação com
apoio comunitário. Em Mirandópolis, na zona sul de São Paulo, o TIN
pilotado pelo Ins­tituto Aruanda de Educação Empreendedora (IAEE)
organizou uma programação de atividades que contempla a capacitação não
só de empresários, mas também de alunos da rede pú­blica.
Freqüentadores que têm, em média, renda familiar de três salários
mínimos. O diretor da entidade, Manoel Augusto Gouvêa, destaca que o
objetivo não é dar cursos de informática, mas noções de gestão
empresarial com suporte tecnológico. O aluno aprende a redigir um
contrato de trabalho no editor de texto, ou a montar um balanço na
planilha. O telecentro funciona com três turmas, uma em cada turno, com
um ou dois alunos por computador – são dez, cedidos pelo Banco do
Brasil, que podem chegar a 20 numa parceria próxima, com a Fundação
Pensamento Digital, de Porto Alegre.

O curso, intitulado Formação de Jovens Empreendedores, tem 600 horas de
duração. Dois terços dos alunos são jovens de escolas públicas do
bairro, que não pagam inscrição. Um terço são empresários, de quem é
cobrada uma taxa de R$ 140,00. A unidade fechou durante o mês de março
para migração dos sistemas Linux para Windows (doados pela Microsoft),
e será reaberta este mês. Uma faixa na fachada do instituto indica a
presença de um TIN. E os cursos são divulgados em palestras nas escolas
públicas da região.

Na Associação Limeirense de Jóias (ALJ), em Limeira, interior de São
Paulo, também funciona um TIN produtivo, cujas atividades convivem com
as de um telecentro comunitário. Além de microempresários do setor
joalheiro, idosos do programa municipal Vivência usam o telecentro para
cursos e acesso à internet. Em contrapartida, a prefeitura mantém um
monitor-estagiário no TIN, como explica o presidente da ALJ, Ângelo
José Percebon.

Geração de renda

Os serviços prestados pelos TINs, ao contrário do que acontece em
projetos comunitários, não precisam ser gratuitos. “Podem e devem ser
cobrados. O telecentro é do parceiro, que deve buscar a
auto-sustentação”, argumenta Rincon, do MDIC. Ele destaca o TIN da
Associação Comercial de Planaltina, no Distrito Federal, onde o salário
do gestor da unidade já seria pago pela renda gerada no telecentro.
Segundo seu coordenador, Douglas André Muller, o TIN de Planaltina já
consegue retorno de parte de seus custos mensais, mas ainda não atingiu
a auto-sustentabilidade. Estuda, no momento, a substituição do Windows
por Linux.


TIN em Limeira: apoio a joalheiros
e serviços comunitários.

No TIN da Associação dos Oficineiros Pequenos e Microindustriais do
Gama (AOPMIG), no entorno de Brasília, foi o comércio eletrônico que
trouxe resultados concretos: a Novo Mundo da Borracha, uma das empresas
associadas, cresceu muito, ao expandir seu mercado pela internet. Quem
conta é o coordenador do TIN, Clérison Frazão Furtado, que se
considera, ele mesmo, um exemplo: “Depois da chegada do telecentro,
percebi que ou informatizava ou virava um dinossauro e saía já do
mercado”.

Às vezes, o simples acesso a informações meteorológicas na internet faz
a diferença. Na Associação dos Produtores Rurais da Bacia do Muniz
(Apruban), em Taquarituba, no extremo norte de São Paulo, o TIN atende
a pequenos agricultores. Eles recorrem à web, principalmente, para
checar a previsão do tempo, verificar as cotações dos produtos e usarem
o e-mail. Em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, o
espaço também permite que os associados ajudem os filhos com pesquisas
escolares, e, à noite (das 17h às 22h), é uma escola de informática,
por R$ 3,00 a hora.

As mudanças que o ministério quer fazer na gestão do programa, diz
Rincon, acompanham o aumento da demanda. O primeiro edital do MDIC para
os telecentros, em 2003, recebeu 54 propostas; em dezembro de 2005, já
foram 714. Para ampliar a capacidade de atendimento, o grupo das 500
maiores empresas vai doar micros, junto com o Banco do Brasil e a Caixa
Econômica Federal. A TAM, companhia aérea, apóia a logística de
distribuição dos equipamentos.

Os telecentros do MDIC não têm orientação preferencial para uso de
software livre. Mas Rincon garante que as máquinas são entregues com
dual boot (com Windows e Linux instalados). “Não podemos impor uma
solução. A rede é heterogênea”, diz. A exceção fica por conta da área
militar. Na rede TIN, 132 unidades estão em comandos militares e todas
com software livre. Fazem parte do programa Soldado Cidadão, para
oferecer capacitação profissional aos recrutas. “Muitos soldados são de
famílias de baixa renda, e, ao deixarem o serviço militar, poderão
multiplicar o conhecimento adquirido nas suas comunidades, em áreas de
fronteiras e em projetos de geração de renda”, explica Rincon.

A sociedade civil entra na gestão

A recém-criada Associação dos Telecentros de Informação e Negócios
(ATN) quer aumentar o poder de inclusão social e digital do projeto do
MDIC. De acordo com o diretor geral eleito para a entidade, José Avando
Souza Sales, o ambiente virtual para acompanhamento da rede, previsto
para ir ao ar em maio, vai permitir saber quantos alunos são atendidos
em cada unidade, se há problemas com equipamentos, convocar mais gente
para as capacitações técnicas do MDIC, e acionar melhor o Sebrae para
necessidades específicas.

Avando cita duas parcerias já acertadas, com a Microsoft e com a Intel.
A primeira vai dar cursos de software, que contextualizem as
ferramentas às necessidades de microempresários. “Ao ensinar a mexer na
planilha, que se ensine a montar um fluxo de caixa”, exemplifica o
diretor da associação. No caso da Intel, os gestores serão treinados na
montagem e recuperação de computadores. “Pesquisa da Intel indicou que
cerca de 30% dos chamados técnicos poderiam ser resolvidos localmente”,
diz Avando. A meta é formar 1,5 mil profissionais junto à Microsoft e

750 no programa Aluno Técnico, da Intel. Total que inclui
multiplicadores, indicados por secretarias estaduais de Ciência e
Tecnologia, para disseminarem a cultura nos telecentros.

A diretoria da Associação Telecentros de Informação e Negócios (ATN)
tem mandato de quatro anos. Foi eleita em assembléia do dia 7 de março,
numa iniciativa do MDIC e do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, com parceria da CEF, Banco da Amazônia, Banco do Brasil
e as 500 maiores empresas. Participam do quadro da entidade
representantes da Federação das Micros e Pequenas Empresas do Distrito
Federal (Fempe), do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito
Federal (Sinfor), entre outros.

O Sebrae na luta contra a pobreza

Viver na zona norte de Natal (RN), a maior área periférica da cidade,
que abriga cerca de 340 mil de seus poucos mais de 700 mil habitantes e
chamada pela grande mídia de “a cidade dos pobres”, é um desafio. Dos
chefes de família, 56% ganham menos de dois salários mínimos; e para
cada cem pessoas com mais de 15 anos, 18 são anal­fabetos. É nesse
cenário de baixíssimo índice de desenvolvimento humano que o
Sebrae-Unidade Zona Norte-RN instalou-se, em 2003, para oferecer a
pequenos e microempresários, por meio de um TIN, conteúdos relacionados
com o dia-a-dia dos pequenos negócios.

Pequenos mesmo. Na última pesquisa realizada pelo Sebrae-RN, cinco
segmentos empresariais se destacavam na área: material de construção;
atacados de balas e biscoitos; supermercados; moda – confecção e
vendas; casas de ração para animais. Sendo que o poder de consumo da
população, quando aferido, demonstrava dados impressionantes: 66,16%
não possuem celulares, 49,12% gastam com telefone fixo até R$ 31,00, e
o gasto mensal com eletricidade de 98% da população não atinge R$
100,00. O perfil de consumo verificado nas lojas que representam os
cinco segmentos em expansão na área é de até R$ 5,00 por pessoa.

No entanto, essa mesma pesquisa registrou que, embora 95,99% dos
entrevistados não possuíssem computadores, 69,89%, tinham acesso à
internet. De posse dessa informação, o Sebrae – Unidade Zona Norte
investiu em cursos de capacitação empresarial, apesar de, como afirma o
gerente da Unidade, Frank de Medeiros e Silva, discordar do conceito de
auto-sustentabilidade contido em seu programa de gestão. O TIN tem 20
computadores conectados à web, atendendo 120 pessoas por dia para
capacitação e 20 para navegação na rede. Os empresários da região
costumam inscrever-se no período noturno, dentro do Projeto Empreender,
que distribui as vagas por segmento empresarial. Para cada grupo de 120
empresários recrutados, existem 400 na lista de espera. O coordenador
do telecentro, Frank de Medeiros, elabora a política pedagógica em
conjunto com dois educadores (instrutores).

O TIN da zona norte é de responsabilidade do Sebrae-RN, que, através de
parcerias, subsidia as capacitações e processos de inclusão digital –
fazendo interface com o MDIC e CDI. Os serviços de impressão, fax e
navegação (custeda pelo Sebrae) são pagos pelos usuários. O TIN também
conta com recursos da prefeitura de Natal, que ali implantou o Projeto
Canteiros, de inclusão digital, que acolhe os meninos de rua –
flanelinhas, que trabalham na região. A Prefeitura paga R$ 120,00 por
cada aluno, além de custear instrutor e uma bolsa de R$ 180,00 para
cada estudante. Elias do Egito, dono de O Mercadão da Construção, fez
os cursos e informatizou a gerência da loja. O resultado foi um
crescimento de 30% na receita. Além disso, o acesso a conhecimentos
novos a todos em casa, via internet, teria ajudado o seu único filho a
ingressar no curso de Informática da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, no último vestibular.


www.telecentros.desenvolvimento.gov.br • Portal da rede TIN – Telecentros de Informação e Negócios, do MDIC.

www.sebrae.com.br • Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

telecentro@desenvolvimento.gov.br • Para gestores de TINs enviarem seus depoimentos ao MDIC.