Com mais de 50 anos de sua vida dedicados ao ensino e à defesa dos
direitos da criança e do adolescente, Therezinha Helena Martins de
Almeida, aos 76 anos, continua incansável quando o assunto é o jovem.
Sua luta, agora, é por um espaço para a instalação de um centro de
documentação, com o acervo das lutas e conquistas do movimento popular
pela criação de creches e pela regulamentação do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), em que atuou ativamente, bem como nos movimentos
contra a redução da idade penal dos adolescentes. Acumulou, nas últimas
décadas, um vasto material histórico em sua residência. No dia 27 de
junho, ao receber o título de Cidadã Paulistana, na Câmara Municipal de
São Paulo, indagou, para uma platéia formada por representantes de
organizações em defesa do jovem: “quero saber o que vocês vão fazer com
esse acervo quando eu morrer”. Em seguida, reivindicou às lideranças
que ajudem a encontrar um espaço para funcionar como acervo e como
ponto de encontro para a sociedade continuar discutindo as questões
relacionadas à criança e ao adolescente. Mas avisa que os interessados
em abrigar o acervo devem se comprometer em mantê-lo aberto para uso de
toda a sociedade.