A Bull, empresa européia de TI, aposta suas fichas no software
livre. Em recente visita ao Brasil, o presidente mundial da empresa,
Didier Lamouche, destacou os investimentos da companhia para o
desenvolvimento de aplicações profissionais, especialmente no middleware.
Contou que o centro de desenvolvimento da Bull na França trabalha para
criar um robô desenvolvedor, que vai programar, fazer o design da aplicação e automatizar toda a engenharia, com software
livre. “Todo o desenvolvimento do sistema vai ser automatizado”,
enfatizou. O Brasil colabora nesse desenvolvimento e, de acordo com o
diretor-presidente para a América Latina, Alberto Lemos Araujo Filho,
uma parte do sistema, implantada no Rio de Janeiro, já obteve ganho de
produtividade de 40% para uma empresa, só com geração de códigos.
“Esses desenvolvimentos vão gerar uma ruptura nos negócios”, acredita o
executivo. De acordo com Alberto Lemos, o modelo de negócios ainda não
está definido, mas certamente será baseado em serviços. “O software livre é um modelo de negócios de serviços. E não de produtos”, destaca. “O conceito mais importante do software
livre é que ele é livre.” A Bull teve receita global de 1,14 milhão de
euros em 2006, quando a América Latina contribuiu com 53 milhões de
euros, resultado de negócios realizados principalmente no Brasil (cerca
de 83% do faturamento na região), onde registrou crescimento de 25%. O
bom desempenho faz da unidade América Latina a preferida da companhia,
depois, é claro, da França. “Nossa meta é dobrar, novamente, as
operações na América Latina”, anunciou Lamouche. Para isso, a
estratégia é expandir a área de serviços – hoje representa 50% do
faturamento.
Raitéqui – Bull investe no SL
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