03/07/2012 – Entregar dados é um passo para a transparência pública, mas os governos precisam avançar na garantia do entendimento deles. A avaliação é do desenvolvedor do aplicativo que indica direcionamento dos investimentos públicos “Para onde foi o meu dinheiro?”, Thiago Berlitz Rondon. Segundo ele, os órgãos públicos têm muito a avançar na oferta de apresentações, slides e vídeos informando ao cidadão como ler os dados.
A opinião tem como base a própria experiência de Rondon, que decidiu tratar as informações de orçamento fornecidas pelo governo do Estado de São Paulo para entregá-la de forma estruturada. “Não entendo nada de orçamento público, mesmo a leitura da lei não ajuda” explica. Para ele, os governos deveriam oferecer aos cidadãos, além da informação como requer a Lei de Acesso, o contexto para leitura das informações. “Há tecnologia disponível para construir esta semântica”, diz.
Um exemplo bem sucedido de entrega da informação de forma estruturada, na avaliação de Rondon, é o mapa da criminalidade no Rio Grande do Sul, em que os dados da Secretaria de Segurança do Estado foram combinados com dados do IBGE.
Para ele, estimular a produção de informação estruturada é uma responsabilidade não apenas dos governos, mas da sociedade civil organizada, academia e das empresas, que podem oferecer novos serviços a seus clientes.
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