Direitos humanos para baixar

Cartilha traz conteúdos para colocar a cidadania no ar .   Bárbara Ablas

ARede nº55 fevereiro de 2010 – De quais direitos falamos quando se trata dos direitos universais e básicos dos cidadãos? E como exercê-los? Para responder a essas questões e tornar o assunto mais acessível à população, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a empresa Oboré, especializada em projetos de comunicação popular, lançaram, em novembro de 2009, a cartilha digital “Direitos humanos na mídia comunitária: a cidadania vivida no nosso dia a dia”.

A ideia é que a cartilha, desenvolvida e produzida pela Oboré, facilite a vida dos comunicadores e líderes comunitários, que têm a tarefa de divulgar notícias de interesse da comunidade, muitas vezes ignoradas pela grande imprensa. A publicação pode ser baixada gratuitamente pela internet. Oferece noções sobre direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais previstos por lei. E faz sugestões de temas que podem ser tratados tanto em pautas de rádios, sites e outros veículos de comunicação popular, quanto em reuniões de comunidades, escolas, igrejas, sindicatos e outras organizações sociais.

O conteúdo tem como base os princípios da Constituição Brasileira de 1988, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Percebemos que faltava um material sobre direitos humanos com linguagem acessível e foco específico para as comunidades”, conta Guilherme Canella, Coordenador de Informação e Informação da Unesco.

Para complementar a cartilha, foram produzidos dez spots de rádio com informações de utilidade pública, e que podem ser veiculados livremente. Os spots têm relação com aos assuntos da publicação. Um deles fala, por exemplo, da importância da certidão de nascimento. Outros falam dos direitos dos idosos e dos portadores de deficiência física.

Segundo Guilherme, a intenção é que os comunicadores ampliem os temas de acordo suas localidades. “Essa é a primeira discussão do tema dentro de uma agenda mais ampla. Além da reprodução dos spots, esperamos que novos conteúdos sejam produzidos pelos próprios comunicadores”, completa. Até o momento, foram registrados mais de 3 mil dowloads da cartilha, conta Guilherme. O material está disponível para download gratuito na página brasileira da Unesco.

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