A determinação da Prefeitura de São Paulo de manter o programa, com orçamento reduzido em 25%, não garante o bom funcionamento dos telecentros.
Patrícia Cornils
Quase quatro meses depois de iniciada a gestão de José Serra (PSDB) na cidade de São Paulo, já se sabe que o Programa Telecentros, criado na administração Marta Suplicy (PT), não vai acabar. “Não vamos fechar nenhum telecentro, ao contrário. Vamos abrir seis novos entre abril e maio”, afirma Celso Matsuda, coordenador geral do governo eletrônico. Matsuda reconhece que o projeto é um patrimônio da cidade e reforça, em todas as entrevistas, o compromisso do novo secretário de Comunicação, Sérgio Kobayashi, com a inclusão digital. “Ele implantou, durante sua gestão na Imprensa Oficial, o projeto dos infocentros do governo estadual”, lembra.
Entre o discurso de Matsuda e a realidade, no entanto, há um mar de problemas, causados pelo corte de 25% feito pela prefeitura no orçamento do projeto. Quatorze telecentros, visitados pela reportagem do Estado de S.Paulo em abril, tinham alguma restrição de uso, por máquinas quebradas, falta de monitores ou de conexão à internet. Desde o início de abril, somente três telecentros, dos 119 em operação – além dos 21 que funcionam dentro dos CEUs – estão abrindo aos domingos, por falta de pessoal para manter o funcionamento sete dias por semana.