A Fundação Telefônica, focada na aplicação das tecnologias da informação e das comunicações na inclusão social, está ampliando, este ano, as investidas com essas ferramentas. Em março, firmou parceria com o governo do Estado de São Paulo para capacitar no uso da internet, até novembro, 1,6 mil professores, 2,4 mil alunos monitores, de 800 escolas da rede pública. E, pela primeira vez, inseriu a inclusão digital no edital de seleção dos cinco novos projetos apoiados pelo seu programa Medida Legal, que beneficia iniciativas voltadas a jovens que estejam cumprindo determinação judicial de liberdade assistida ou prestação de serviços à comunidade.
De acordo com o presidente da Fundação, Sérgio Mindlin, a inclusão digital como sinônimo de inclusão social se dá em quatro dimensões: infra-estrutura, conteúdo, capacitação, mobilização ou animação dos envolvidos. “O processo se completa quando se exploram esses quatro aspectos”, diz ele. Por isso, o programa de capacitação dos professores cobre mais de um nível. A idéia é revelar formas de lidar com os alunos e, principalmente, entender como o professor trabalha os conteúdos e os leva para a sala de aula, para descobrir, então, como a tecnologia pode complementar a ação pedagógica.
Equipes de mais de cem escolas do interior paulista participaram do piloto, no final de 2004. O portal EducaRede, aberto e gratuito, mantido pela Fundação, é o ambiente virtual da capacitação. A Secretaria Estadual de Educação utiliza a sua Rede do Saber, estrutura de videoconferência que conecta todas as 89 diretorias de ensino. As atividades serão desenvolvidas em torno do tema “as coisas boas da minha terra”, que, como no piloto, deve motivar pesquisas de campo e elaboração de textos, para publicação em sites sobre as comunidades.
A gestão da capacitação está a cargo do Cenpec-Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária, parceira da Fundação em outras iniciativas junto a escolas, inclusive no desenvolvimento do portal EducaRede. O projeto Rede de Capacitação no uso da internet, para professores da rede pública, já formou, entre 2002 e 2004, 8,6 mil educadores, vinculados a secretarias de Educação como as da Prefeitura de São Paulo e dos governos do Ceará e da Paraíba.
A gestão da capacitação está a cargo do Cenpec-Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária, parceira da Fundação em outras iniciativas junto a escolas, inclusive no desenvolvimento do portal EducaRede. O projeto Rede de Capacitação no uso da internet, para professores da rede pública, já formou, entre 2002 e 2004, 8,6 mil educadores, vinculados a secretarias de Educação como as da Prefeitura de São Paulo e dos governos do Ceará e da Paraíba.
Metodologia do CDI
Sociedade Santos Mártires,
no Jardim Ângela: recursos
do Medida Legal.
No caso do Medida Legal, que integra um conjunto de ações da Fundação para apoio aos direitos da criança e do adolescente, inclusive o portal Risolidária e o programa ProDireitos, de suporte a Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente, a prioridade não é a inclusão digital. O edital escolhe projetos que conduzam atividades gerais (oficinas de arte, de capacitação profissional, de educação, de reestruturação familiar, entre outros) para jovens autores de atos infracionais. Mas, este ano, pediu que os projetos tivessem também programas de inclusão digital.
Como as atividades nessa área se mostraram muito incipientes, a Fundação fechou parceria com o Comitê para a Democratização da Informática (CDI), ONG que pilota uma rede nacional de escolas de informática e cidadania. O CDI vai fornecer às entidades escolhidas pelo Medida Legal a sua metodologia de trabalho. Os projetos apoiados estão em Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Campinas e Jandira. Sempre em São Paulo.