Diversidade marca ações de inclusão

Projetos mostram potencial das aplicações tecnológicas na solução de problemas e na melhoria de qualidade de vida das comunidades 


ARede nº 64 novembro de 2010 –
Mais de 200 iniciativas da esfera pública,  de organizações da sociedade civil e de empresas privadas concorreram ao Prêmio ARede 2010 – instituído em 2007 com o propósito de reconhecer e divulgar as melhores práticas no uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) para a inclusão social no Brasil. Foram vencedores 17 projetos, nas modalidades Terceiro Setor, Setor Público, Setor Privado e Especial Educação (ver página 11).

O número de premiados praticamente dobrou, em relação aos prêmios anteriores, em função das categorias criadas este ano: Acessibilidade, Capacitação e Formação, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Serviços ao Usuário, Desenvolvimento de Conteúdo e Sustentabilidade e Gestão. Com o novo formato do prêmio, ganharam mais visibilidade projetos locais ou temáticos, que destacam a variedade de aplicações das novas tecnologias em favor da melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento das comunidades.

Os concorrentes mostraram que, cada vez mais, as ações de inclusão levam em conta os conteúdos e as demandas regionais e locais, mesmo quando se trata de grandes programas de âmbito nacional. Ou seja, caminhamos um passo adiante, para além do simples fornecimento de acesso à tecnologia. Os projetos começam a se estruturar no sentido de melhor identificar e atender as necessidades pessoais e profissionais dos cidadãos.

Todos esses indicadores revelam o início de uma transformação: o direito ao uso da tecnologia começa a deixar de ser um fim, para se tornar um meio de ascensão social e cultural. E esse processo terá um grande avanço com a universalização da banda larga no Brasil. Um dos motores que vai acelerar essa  conquista é o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que finalmente saiu do papel para se tornar uma política pública. Por isso, Cezar Alvarez, o
coordenador das ações de inclusão digital do governo federal, que tem um papel fundamental na elaboração e na implantação do PNBL, foi eleito a Personalidade do Ano na Inclusão Digital, no Prêmio ARede 2010.

A maioria dos projetos inscritos teve como alvo a Educação. Foi com satisfação que a comissão julgadora do Prêmio ARede 2010, composta por 20 representantes da sociedade civil, identificou uma profusão de ações de formação, capacitação, reforço escolar, produção de conteúdos educativos. Os grandes vencedores, nestes casos, não são as instituições que levam para casa o troféu. Mas as crianças e os jovens beneficiados por esses projetos – que, de acordo com o objetivo do Prêmio ARede, podem inspirar iniciativas similares por todo o país.