Consumidor não precisa mais de provedor para acessar a internet via banda larga

24/05 - Novo regulamento da Anatel retira obrigatoriedade antes existente sobre conexões ADSL. Prevê ainda que provedores guardem os registros de conexão dos usuários por um ano.

Sabrina Craide, da Agência Brasil

24/05/2013 – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem (23) à noite a atualização do regulamento de banda larga fixa. Pela novas regrtas, os consumidores não serão mais obrigados a contratar provedores de internet para fazer a conexão à internet. Atualmente, a contratação de provedores é exigida em conexões  feitas por operadoras de telefonia fixa com tecnologia ADSL. A internet fixa de empresas de TV por assinatura e a internet por telefonia móvel não necessitam de provedores.

O conselheiro Marcelo Bechara, relator da proposta, explicou que, na época da internet discada, os provedores eram responsáveis por toda a conexão do usuário à internet. “Com a evolução rápida que tivemos e com o incremento da banda larga, o próprio prestador de banda larga pode fazer algumas atividades que eram feitas pelos provedores no caso da internet discada”. A regra vale apenas para prestadoras com mais de 50 mil usuários.

No entanto, os provedores de acesso à internet continuarão existindo, pois atualmente 10% dos acessos à rede no Brasil são feios de forma discada. A Anatel também determinou que os provedores deverão guardar os registros de conexão por um ano para ajudar no rastreamento de crimes cibernéticos.

Outras mudança aprovada foi a redução do preço da outorga do serviço de provimento de R$ 9 mil para R$ 400 e a simplificação para o processo de obtenção de outorgas. “Isso vai tirar pequenos prestadores de serviço da ilegalidade, da clandestinidade”, disse Bechara.

A Anatel também aprovou a anuência prévia para a operação de reestruturação societária das prestadoras de telecomunicações pertencentes ao grupo econômico da Telefônica. Foram impostas várias condições para a operação, entre elas a revisão das tarifas cobradas pela empresa. Segundo Bechara, a medida poderá resultar em uma redução entre 16% e 25% nas tarifas de telefonia fixa da operadora para o estado de São Paulo.