Primeiro ambiente em nuvem do governo brasileiro deve ser lançado em setembro

19/08 - O anúncio foi feito pelo presidente do Serpro durante o Consegi. Os sistemas iniciais serão para o programa Cidades Digitais.

Do Wireless Mundi

19/08/2013 – A partir de 1º de setembro, entra em funcionamento a primeira nuvem do governo. Desenvolvido pelo Serpro, o ambiente vai abrigar, de início, sistemas para o programa Cidades Digitais. São soluções de educação, atendimento médico hospitalar, gestão e comunicações para cerca de 200 municípios brasileiros. O anúncio foi feito pelo presidente do Serpro, Marcos Mazoni, durante o VI Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi 2013), realizado esta semana em Brasília.

A computação, de início, dependia dos grandes mainframes. Sua evolução natural levou ao padrão cliente/servidor e, finalmente, à nuvem. Para Mazoni, essa última tecnologia tem se mostrado especialmente receptiva às tecnologias livres. “É bom lembrarmos o exemplo da HP, que tinha uma solução proprietária de orquestração de nuvem e terminou por aderir ao Open Stack. O mesmo aconteceu em relação à IBM. Essas decisões reforçaram nossa tese de que a nuvem governamental brasileira deveria ser livre”, considerou o executivo.

Mazoni explicou que a inauguração da nuvem será com o projeto Cidades Digitais, do Ministério das Comunicações. “Vamos oferecer ferramentas que irão facilitar não só a gestão das prefeituras, mas também o atendimento à população”, explicou. O pacote de serviços inclui sistemas de ouvidoria, gestão de saúde básica (já integrado ao cartão único de saúde), educação, gestão escolar e suíte de comunicação.

Desafios
O presidente do Serpro afirmou que a nuvem brasileira está completamente estável e preparada para um acesso três vezes maior que o previsto. No entanto, ainda existem alguns desafios. Ainda é necessária uma cultura de bons arquitetos para construção de sistemas no novo modelo. Há, também, questões envolvendo a integração do modelo em nuvem com o modelo atual. Uma outra questão a ser trabalhada é de como estabelecer “modelos de transbordo” entre nuvens diferentes, permitindo uma troca de informações que evite a sensação de rompimento entre um ambiente e outro.