Micro e pequenas empresas ampliam procura pelo financiamento do BNDES

20/08 - Dados do Sebrae indicam uma redução da ordem de 50% na taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas, nos dois primeiros anos

20/08/2013 – O empreendedorismo está na cultura do brasileiro. De acordo com pesquisa global sobre empreendedorismo de 2012, o Brasil é o terceiro país em número de empreendedores – atrás apenas dos EUA e do Japão. Ter o próprio negócio está entre os três primeiros desejos do brasileiro (só perde para viagens para conhecer o país e comprar a casa própria). Esses dados foram apresentados por Vitor Abreu, analista da unidade de orientação e educação empresarial do Sebrae Pernambuco, durante o 4º Encontro de Provedores Regionais, realizado nesta terça-feira (20), no Recife, pela Bit Social.

Além de detectar o espírito empreendedor do brasileiro, os dados também mostram que houve uma melhoria da eficiência das micro e pequenas empresas: a taxa de sobrevivência nos dois primeiros anos de vida, que era de 50%, no início dos anos 2000, passou para 73% em 2013. “Se há 10, 12 anos, a maioria dos pequenos empresários declarava ter aberto a empresa por motivos de sobrevivência, hoje, a cada três novas empresas abertas, duas o são por oportunidade”, informa Abreu, destacando que as micro e pequenas empresas estão mais competitivas e, por isso, os empresários desse segmento precisam investir na gestão cada vez mais eficiente do negócio.
 
No Estado de Pernambuco, de 173 mil empresas existentes, 98,84% são micro e pequenas, refletindo uma realidade que se repete no país. Vitor Abreu destacou, ainda, que com o aumento da competição, tão importante quanto ter uma gestão eficiente é ter uma empresa inovadora.

Também no BNDES cresce o número de micro e pequenas empresas que buscam financiamento para suas operações. De acordo com Eliézer Cordeiro Nascimento, analista da diretoria regional do banco no Nordeste, de 1,028 bilhão de operações realizadas pelo banco este ano até o mês passado, cerca de 989,8 milhões foram para micro, pequena e média empresas (o banco considera nesse contingente empresas com faturamento até R$ 90 milhões/ano).

“Em 2012, as micro, pequenas e médias empresas responderam por R$ 50 bilhões em contratos diretos ou indiretos do BNDES. Até junho de 2013, já foram alocados para essas empresas R$ 30 bilhões”, informou Nascimento. (Da redação)