Da redação
10/11/2013 – A Intel lançou na última sexta-feira (8) um novo programa de bolsa de pesquisas para cientistas brasileiros. A Intel Innovation Graduate Fellowship pretende fomentar a inovação, descobrir talentos. Os pesquisadores que participarem do programa vão trabalhar durante um período de até seis meses em um dos laboratórios da empresa nos Estados Unidos.
A distribuição de bolsas faz parte do plano de fomento à inovação, pesquisa, e desenvolvimento da empresa no país. Em todas as suas ações, o plano de fomento prevê investimento de cerca de R$ 300 milhões ao longo de cinco anos. Além das bolsas, o plano tem iniciativas de transferência de tecnologia e parcerias com univesidades nacionais. As áreas de atuação são energia, transporte e educação.
Já existem dois pesquisadores participando do programa de fellowship: Dr. Ítalo Cristiano Nievinski Lima, e Dr. João Paulo Zanardi, ambos doutores em Engenharia Mecânica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ambos realizam pesquisas em computação de alta performance.
A Intel também ampliou o número de projetos de pesquisa e desenvolvimento executados em parceria com universidades brasileiras, dentro de uma estrutura conhecida por “Aliança de Pesquisa Estratégica Intel” (Intel Strategic Reseach Aliance – ISRA, em inglês).
A aliança tem projetos de desenvolvimento de soluções de segurança e criptografia para systems-on-a-chip (SoC) em ambientes de baixo consumo de energia. Ao todo são cinco projetos, apresentados por pesquisadores de sete universidades: Unicamp, USP, UnB, UFMG, PUC-PR, UFPR e UTFPR. As pesquisas abrangem a implementação de algoritmos criptográficos, instrumentação de códigos eficientes para proteger os sistemas, criptografia assimétrica, funções fisicamente não clonáveis e métodos e implementações de sistemas de detecção de anomalias em FPGA (field-programmable gate array, ou arranjo de portas programável em campo).
Além de projetos de pesquisa, a Intel também está trabalhando em parceria com a Universidade Estadual do Ceará para criar um novo currículo de segurança para cursos universitários. A intenção é que os alunos obtenham mais experiência na identificação e combate a vulnerabilidades. O curso propõe a simulação de sistemas de larga escala, como sistemas de votação eletrônica, com vulnerabilidades conhecidas inseridas no sistema. Os estudantes receberão a tarefa de identificar as vulnerabilidades, mitigá-las e em seguida validar suas soluções.