Campus Party – Diretor do CGI.br defende investimentos em fibra óptica para universalização do acesso

“A fibra é a torneira que pode ser aberta o quanto se queira, para que se faça o processo sem risco de revisões futuras”, diz Demi Getschko.

Áurea Lopes

08/02/2012 – Durante debate sobre banda larga, ontem, na Campus Party, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a questão da inovação tecnológica é “central” para a presidente Dilma Rousseff. O ministro listou as diversas iniciativas do governo federal para efetivar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – que, disse, “não é só oferecer internet a R$ 35”. Alertou para a necessidade de incorporar novas tecnologias, como a conexão móvel 4G, para a qual será feito um leilão que deve resultar na oferta do serviço a todas as cidades com mais de 500 mil habitantes, até a Copa. Citou ainda medidas para desonerar os smartphones, com o propósito de tornar esses equipamentos acessíveis para as populações de mais baixa renda.

Demi Getschko, diretor do CGI.br, explicou que a banda larga é formada por duas frentes de acesso: móvel e fixo. “O acesso móvel é fundamental, mas não faz inclusão. É a cereja do bolo”, avaliou. Para Demi, no acesso fixo, soluções como rede de cobre, rede elétrica, rede de cabos coaxiais garantem a sobrevida das estruturas existentes. Todas as ferramentas devem ser usadas, acrescenta, mas o foco deve ser a fibra, para que não seja necessário fazer revisões futuras dos projetos: “A fibra é a torneira que pode ser aberta o quanto se queira”.