Rafael Bucco
12/04/2014 – Na palestra de abertura da Crytporave, Sergio Amadeu da Silveira (UFABC) e Jérémie Zimermman (La Quadrature du Net) elencaram iniciativas que dificultam a obtençao de dados pessoais por empresas e agências de vigilância.
Segundo Amadeu, a primeira atitude deve ser adotar a critptografia. “Se você usar no dia a dia vai criar um enorme obstáculo”, diz. Além disso, ele pede para as pessoas não darem informações sobre a vida privada, de graça. Ajudar a disseminar o software livre também é importante. “O principal fator de segurança do software livre é que o código pode ser auditado”, fala Amadeu.
Também é importante utilizar formatos abertos e exigir de governos o fornecimento de dados abertos acessíveis por máquina. “Assim é possível criar ferramentas que usem os dados”, afirma. Amadeu também recomenda a cobrança, pelo cidadão, dos dados que empresas e governos guardam sobre cada um.
Além disso, “defenda a neutralidade de rede, apoie as redes sociais livres, abertas e federadas, e leia a lei antiterror que estáo propondo no congresso, pois é uma aberração inaceitável num país como o nosso, e contra a qual precisamos lutar”, pede. São exemplos de redes federadas a Diaspora, Jitsi, Pumpio, Zimbra e OwnCloud.
Os organizadores da Cryptorave colocaram na internet vários tutoriais sobre como aumentar a segurança da navegação. O coletivo Actantes publicou uma série de tutoriais, que ensinam o uso seguro de email, troca de mensagens entre celulares, chats, entre outros. O coletivo Saravá criou um manual detalhado sobre o assunto, com casos de uso e como aplicar técnicas de segurança a grupos fechados.