Da redação
08/05/2014 – O usuário que escolher o Software livre deve fazer isso por causa dos benefícios e por vontade própria, não por obrigação. A ideia defendida pelo tecnólogo em informação Alberto Azevedo iniciou a palestra “Radicais Livres”, na 15a edição do Fórum Internacional Software Livre (FISL). De acordo com o palestrante, os defensores do software acabam perdendo a razão e a coerência quando não conseguem entender os argumentos de outras pessoas.
“Os radicais muitas vezes são destrutivos para o próprio movimento. É muito importante ter a noção de que a liberdade de cada um termina quando começa a liberdade de outra pessoa. Existem algumas divergências sobre o conceito de liberdade e qual caminho que o Software Livre tem que trilhar para obter sucesso, compreendendo todas as opiniões”, destacou Alberto Azevedo.
Assim como a política, o futebol e a religião, que despertam a paixão dos seus seguidores, o Software Livre também move uma legião de apaixonados. De acordo com Alberto Azevedo, o radicalismo está diretamente ligado a esse sentimento. Quando a paixão é maior que a razão, essa pessoa acaba se tornando uma fanática e não consegue ouvir o argumento de outras pessoas.
“O Software Livre tem que vencer por méritos. As pessoas precisam usar pelos benefícios que traz o uso. Se a pessoa escolher usar outros softwares, a escolha é dela e precisamos respeitar”, ressaltou.
O profissional de TI garante que a importância de debater o radicalismo no Software Livre é propor a união entre os usuários, evitando brigas e desentendimentos entre os grupos, fazendo com que o movimento perca a força. O Fórum Internacional Software Livre ocorre até sábado (10/05), no Centro de Eventos da PUC-RS. Outras informações podem ser obtidas no site www.fisl.org.br