Da redação, com assessoria de imprensa
20/05/2014 – Em dois anos de cursos, o Projeto Eco-Eletro – Reciclagem de Eletrônicos formou quase 200 catadores, que se tornaram capacitados para atuar na reciclagem de resíduos eletrônicos, com segurança, podendo assim aumentar o valor de venda desses resíduos em 900%, além de atuar na redução do descarte inadequado desse tipo de produto.
Iniciado em 2011 e 2012, o projeto, desenvolvido pelo Instituto GEA – Ética e Meio Ambiente, com a parceria da POLI-USP, foi renovado pela Petrobras pelos próximos dois anos. O objetivo é promover mudanças na vida dos catadores de lixo do país e contribuir para solucionar o descarte de lixo eletrônico. No Brasil, a produção de e-lixo chega a 100 mil toneladas por ano.
Nesta nova fase, em que os catadores já foram orientados sobre a forma correta de manusear a sucata eletrônica com segurança e de acordo com a exigência do mercado, eles irão aprender como remontar computadores a partir do material que recebem na cooperativa, e como vendê-los para reutilização. Para isso, o Professor Walter Akio Goya, do Lassu – Laboratório de Sustentabilidade da Poli-USP, irá ministrar aulas teóricas e práticas sobre como fazer esse trabalho, durante duas semanas.
Além disso, serão criados núcleos-modelo de reciclagem de eletrônicos em São Paulo que servirão de exemplo para todas as cooperativas que se interessarem, demonstrando que a reciclagem de eletrônicos é uma forma viável de geração de renda. O Instituto GEA ficará encarregado de todo o acompanhamento e monitoramento das cooperativas, para garantir a rastreabilidade dos resíduos. No ano que vem, o modelo poderá ser replicado em todo país, auxiliando na colocação em prática da Lei da Logística Reversa (Política Nacional dos Resíduos Sólidos), que entra em vigor a partir de agosto deste ano.
O Eco-Eletro também realizará quatro novos cursos de capacitação de catadores para manipulação e tratamento do lixo eletrônico, capacitando novas cooperativas para a reciclagem desse tipo de resíduo. Com o objetivo de potencializar o alcance do Projeto, o Instituto também irá replicar a metodologia dos cursos realizados na primeira fase para outras universidades do Brasil, possibilitando a criação de novos cursos de capacitação de catadores pelo país.
