Justiça sueca mantém ordem de prisão contra Julian Assange

17/07 - Ativista está refugiado há dois anos na embaixada do Equador em Londres. 

 Da redação, com Portal EBC

17/07/2014 – A Justiça da Suécia decidiu ontem (16) manter o pedido de prisão de Julian Assange, criador do site Wikileaks. Acusado de assediar sexualmente duas ex-voluntárias do site e de estupra outra mulher, em 2010, ele está refugiado na embaixada do Equador há dois anos. Promotores do país querem ouvir a versão de Assange sobre as alegações.

Assange, que é australiano, se defende das acusações alegando que a estratégia do governo da Suécia é culpá-lo por crimes na cometidos a fim conseguir sua extradição da Inglaterra. Ele diz que, uma vez em solo sueco, será extraditado para os Estados Unidos, onde é processado por vazar documentos ultrassecretos. 

O advogado de Assange afirma que o pedido de detenção de Assange é ilegal, uma vez que não há na Justiça Sueca uma acusão formal do ativistas pelos crimes supostamente cometidos. Informou também que vai recorrer da decisão emitida ontem.

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, ratificou nesta quarta-feira (16) que seu país continuará dando proteção ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, que permanece asilado em sua embaixada de Londres. ” O governo não abandonará seu compromisso de salvaguardar os direitos humanso de Assange até que chegue a um lugar seguro”, afirmou Patiño por meio de sua conta no Twitter.

O chefe da diplomacia equatoriana afirmou também que o Equador pretende cooperar com a justiça sueca. “Tomem a declaração de Julian Assange na embaixada ou por videoconferência”, postou. Patiño, que participa da cúpula do Brics, em Fortaleza (CE), pediu a imediata solução do caso Assange, para “garantir o respeito a seus direitos humanos”.