Miriam Aquino
do Tele.Síntese
27/10/2014 – Depois das eleições dos novos dirigentes da União Internacional de Telecomunicações (com a escolha de Houlin Zhao para a Secretaria- executiva), a 19º Conferência Plenipotenciária começa a debater os principais temas que nortearão a atuação da entidade nos próximos anos. E a cybersegurança já se transformou em um dos temas mais acirrados da reunião. O Brasil foi eleito para presidir uma comissão ad hoc que buscará o consenso neste tema, visto que nas primeiras reuniões foram marcadas posições bem distintas e os países não conseguiram fechar um acordo.
Além de Estados Unidos, Cuba, Inglaterra, Argélia, o Brasil também apresentou sugestões de mudanças no atual documento da UIT sobre este tema. E o país defende que fique estabelecido que “os mesmos direitos que as pessoas têm off-line devem também ser protegidos online, incluído o direito à privacidade”.
Já Cuba propõe que a resolução da UIT enumere as diferentes formas de ameaças que podem surgir pelo uso das tecnologias de Informação e Comunicações (ICT), que “poderão gerar sérias consequências, inclusive uso ilegal por parte dos indivíduos, organizações e Estados os uso de sistemas de computadores para atacar terceiros países”.
Estados Unidos e Inglaterra não querem que qualquer citação sobre possíveis ataques de países ou pessoas por computador seja expressa no documento final . O consenso a ser buscado pelo grupo liderado pelo Brasil será um dos maiores desafios dessa Conferência.