A inclusão digital tem muito a comemorar

Projetos de impacto social e políticas públicas ganham impulso em todo o país

ARede nº65 dezembro de 2010 – Uma cerimônia que emocionou. Pelos projetos transformadores que se disseminam Brasil afora. Pelo trabalho de ativistas que usam as tecnologias da informação e da comunicação para melhorar a vida de pessoas e comunidades. Pelas histórias de vida de artistas que encantaram o público com sua arte e garra. A entrega do Prêmio ARede 2010, realizada dia 8 de novembro, ficará na memória das cerca de 300 pessoas que compareceram ao Instituto Itaú Cultural, em São Paulo.

Representantes de empresas, de governos, de organizações não-governamentais, ativistas da cultura digital e da inclusão digital, parlamentares, militantes de movimentos sociais prestigiaram a festa, promovida pela Momento Editorial. A diretora da Momento, a jornalista Lia Ribeiro Dias, anunciou, durante a cerimônia, o lançamento do Anuário Arede de Inclusão Digital 2010/2011, com projetos de empresas e de instituições do terceiro setor. Ela ressaltou que “a leitura dos 57 projetos mapeados nos mostra que a sociedade brasileira entendeu a importância da inclusão digital para o desenvolvimento da cidadania e como motor da aceleração da inclusão social, arregaçou as mangas e está fazendo a sua parte”.

Comissão Julgadora
Na edição 2010, a comissão julgadora foi composta pelos seguintes integrantes:
Modalidade terceiro setor – Corinto Meffe, gerente de Projetos do Ministério do Planejamento;
Graça Pinto Coelho, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte;
Patrícia Pessi, consultora em e-gov; Roseli Lopes, professora da Escola Politécnica da USP e pesquisadora do Laboratório de Sistemas Integráveis (USP).
Modalidade setor público – Cecília Hartmann Regueira, presidente do Instituto Hartmann Regueira;
Harumi Ishihara, diretora de Comunicação e Relações Institucionais da Alcatel Lucent;
Manoel Horário Francisco da Silva, presidente do Banco Fator;
Regina Silva, diretora Pedagógica da Área de Ensino Público da Divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática; Sérgio Mindlin, presidente da Fundação Telefônica.
Modalidade setor privado – Arthur Pereira Nunes, coordenador geral da Representação do Ministério da Ciência e Tecnologia no Rio de Janeiro;
Carlos Seabra, coordenador Editorial do Núcleo de Publicações de Educação da TV Cultura, Fundação Padre Anchieta;
Drica Guzzi, coordenadora do Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária da Escola do Futuro (USP);
Roberto Agune, coordenador da Secretaria de Gestão do Estado de São Paulo;
Teófilo Galvão Filho, pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia e professor de pós-graduação da  Faculdade São Bento da Bahia.
Modalidade especial educação – Jesulino Alves de Souza, ativista do software livre e da inclusão digital;
Frederico Guimarães, coordenador do grupo Software Livre Educacional;
Laurindo Leal Filho, professor da Universidade de São Paulo e ouvidor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC);
Marta Voelker, superintendente executiva da Fundação Pensamento Digital.

A Personalidade do Ano
Cezar Alvarez, coordenador dos projetos de inclusão digital do governo federal, recebeu o título de Personalidade do Ano da Inclusão Digital por sua atuação na articulação de políticas públicas responsáveis por incorporar milhões de brasileiros e de brasileiras à sociedade da informação. Com seu empenho e persistência, contribuiu decisivamente para viabilizar projetos como Computador para Todos, Um Computador por Aluno, Plano Nacional de Banda Larga e Telecentro.BR.

Homenagem especial
Para celebrar a memória de uma pessoa que pertence à história da inclusão social do Brasil, a revista ARede prestou uma homenagem especial a Neusa Avelino da Silva, a dona Neusa, falecida em setembro. Fundadora da Associação Comunitária das Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra, dona Neusa foi uma ativista da inclusão digital. “Minha mãe era uma guerreira e faz uma falta enorme”, disse Elecy Melo, filha de dona Neusa.

A INCLUSÃO PELA ARTE

Um momento de grande emoção durante a cerimônia foi a apresentação do Quinteto Bachiana e do tenor Jean William, regidos pelo maestro João Carlos Martins. Esses jovens artistas integram a Fundação Bachiana Filarmônica, que tem como objetivo democratizar a música erudita por meio da musicalização de crianças e jovens. O quinteto foi composto por Ana Camila Bordino (1º violino); Carolina Camargo Duarte (2º violino); Aliana Alencar de Melo (viola); Thaís Camargo Duarte (cello), Wainer Concourd (oboé).

{jcomments on}