Abertas inscrições para testar as urnas eletrônicas brasileiras

Tribunal Superior Eleitoral conta com a participação dos hackers para descobrir vulnerabilidades das urnas eletrônicas a serem usadas nas eleições de 2010. Inscrições até dia 13 de outubro.

15/09/09 – Hackers de todo o país estão convidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar, como “investigadores”, do teste das urnas eletrônicas a serem usadas nas eleições de 2010. O TSE vai montar uma sala de testes, nos dias 10 a 13 de novembro, em seu Edifício Sede,em Brasília. O prazo de inscrição para participar acaba no dia 13 de outubro e os documentos necessários estão no site do TSE. Haverá uma premiação para as contribuições mais relevantes. As regras para a premiação serão divulgadas em edital específico.

De acordo com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Ricardo Lewandowski, em audiência na sexta-feira, dia 11, os testes visam demonstrar “a total transparência com que o Tribunal lida com o tema” e são uma “experiência única, inédita em termos mundiais, em que a administração pública – o poder Judiciário – abre seus sistemas, para os cidadãos, inclusive para os hackers, para que façam os testes que entendam necessários”.

Além do formulário de inscrição, os candidatos precisam mandar um plano com uma descrição dos testes que desejam realizar, com os seguintes itens: título, proponente, responsável, duração estimada do teste, critérios de parada, sistemas afetados, conhecimentos necessários, resumo do teste, fundamentação, precondições para o teste, escopo-superfície de ataque do teste, janela de atuação simulada do atacante, passos a serem realizados, possíveis resultados e impactos, rastreabilidade, versões dos sistemas afetados, solução do problema (opcional), materiais e programas necessários.

A experiência, que conta com a participação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), do Ministério Público, da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e de representantes dos partidos para políticos, é uma “prova dos nove” das urnas eletrônicas, disse o ministro. “Vamos identificar se os softwares são ou não suscetíveis a violações”, frisou Lewandowski, considerando se tratar de uma oportunidade de mostrar para os brasileiros que as urnas utilizadas pelo TSE são seguras.

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