Alvarez: inclusão digital depende de política industrial, infraestrutura e qualificação.

O Secretário-executivo do Ministério das Comunicações afirma ainda que a implantação do pacote de 1 Mbps, por R$ 35,00, não não resolverá o problema da inclusão digital. Serão necessários uma política industrial, infraestrutura adequada e qualificação de mão-de-obra.

05/08/2011
Da Zero Hora

Além de oferecer pacotes de internet popular a partir de setembro, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) servirá para incentivar as empresas a melhorar a oferta de preços e serviços dos demais planos de acesso à internet. É o que afirma secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, que participou no Meeting de Marketing da Federasul nesta quinta-feira.

O secretário aponta ainda que a implantação do novo pacote de 1 Mbps por segundo, pelo valor de até R$ 35 ao mês, não resolverá por inteiro o problema da inclusão digital. Segundo ele, serão necessários novos investimentos em política industrial, infraestrutura adequada para a implantação das redes e suprir a carência de mão-de-obra qualificada em todas as áreas envolvidas.

Em sua palestra, Alvarez destacou que a presidente Dilma Roussef fixou prazo até 31 de outubro para que Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel) apresente um projeto de regulamentação de qualidade dos serviços de acesso a internet. Isso porque, atualmente os contratos de banda larga determinam apenas um limite máximo de velocidade, que na maior parte do tempo não é alcançado. Segundo o secretário, a situação não acontece só no Brasil: ele citou uma pesquisa na Inglaterra mostrando que pacotes vendidos como 4 Mbps não passaram de 2 Mbps. De acordo com Alvarez, o país dá um passo a mais na direção da qualidade com a proposta de regulamentação.

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