Brasil terá representação da Icann

01/03 - Everton Lucero, diplomata licenciado do Itamaraty, assume o comando da unidade brasileira.

Da redação

01/03/2013 – A organização responsável pela coordenação do sistema de nomes de domínios (DNS) Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann) se prepara para abrir uma representação no Brasil. A informação foi publicada pela jornalista Cristina de Luca nesta sexta-feira (1). Segundo a matéria, o diplomata Everton Lucero já teria se licenciado do Itamaraty para assumir o comando da unidade brasileira.

Conforme a reportagem, o primeiro interlocutor a ser buscado por Lucero será o Comitê Gestor da Internet (CGI.br), com quem, afirmaria Lucero, o Icann tem afinidades quanto ao modelo de gestão multissetorial. Uma das tarefas atribuídas ao ex-diplomata seria contribuir com a divulgação internacional do modelo de gestão da internet adotado no Brasil.

Além da filial brasileira, o texto afirma que a Ican pretende expandir para outros territórios. A intenção seria abrir representações, nos mesmo moldes, na Índia, Turquia e talvez Rússia. A jornalista afirma, ainda, que a instituição pretende criar uma Casa da Internet da América Latina e Caribe, no Uruguai, que abrigaria escritórios de Registro de Endereçamento da Internet para a América Latina e o Caribe (LACNIC), Internet Society (ISOC), Rede de Cooperação Latino-americana de Redes Avançadas (CLARA). Confira o texto original da jornalista.

A chegada da Icann ao país acontece em meio a críticas feitas pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, à interferência dos Estados Unidos nas decisões tomadas sobre a gestão internacional das rede de telecomunicações. Nesta semana, ao participar de uma feira em Barcelona, na Espanha, Bernardo afirmou que a interferência dos EUA durante a CMTI-12, acontecido em Dubai em dezembro, teve motivações estritamente econômicas, com aparência de ideais políticos. Disse ser “um grande equívoco achar que quem garante a democracia de um país é o Google”. Na época, o país do Tio Sam se recusou a assinar o relatório final, afirmando haver riscos à censura nas propostas ali definidas.