15/09/2011
Do Tele.Síntese
Apesar de ter melhorado seu Índice de Desenvolvimento de TICs (IDI, na sigla em inglês), o Brasil caiu duas posições no ranking dos 152 países de acordo com seu nível de acesso, utilização e conhecimento dessas tecnologias, ao comparar os números para 2008 e 2010. O IDI do país subiu de 3,72 para 4,22 no período, mas em 2010 ficou na 64ª posição ante o 62º lugar obtido em 2008.
Em relação ao preço, O Brasil ficou em 96º lugar na lista que classifica 165 países de acordo com o valor cobrado pelos serviços de telecomunicações em relação à renda per capita. Os brasileiros gastam em média de 4,8% de sua renda com o pagamento de serviços de telecomunicação, enquanto em Mônaco, que está na primeira colocação, a população gasta em média apenas 0,2% da renda. No final da lista está a Nigéria, com comprometimento de 71,6% da renda.
Os números fazem parte do relatório da UIT (União Internacional de Telecomunicações) “Medindo a Sociedade de Informação 2011”, lançado mundialmente nesta quinta-feira (15). Em Brasília, o secretário-geral da entidade, Hamadoun Touré, comentou os resultados, afirmando que a penetração dos serviços de telecom aumentou em todo o mundo, mas alguns países avançaram mais que outros.
Touré disse que a cesta de preços de serviços de telecomunicações no país, embora mais atrativa do que na medição anterior, ainda é muito alta. Ele atribui isso à elevada tarifa de interconexão, ao preço alto do roaming e à carga tributária excessiva sobre os serviços. E afirmou que a teledensidade da telefonia móvel no Brasil, acima de 100% mostra que as pessoas são obrigadas a ter chips de diferentes operadoras para driblar os altos valores cobrados.
O levantamento da UIT mostra que os preços dos serviços de telecomunicações caíram 18% mundialmente entre 2008 e 2010, com a maior queda em serviços de internet banda larga fixa, que teve redução de 52%. Mas, segundo o relatório, a conexão à internet de alta velocidade continua inacessível em muitos países de baixa renda. Na África, por exemplo, no final de 2010, os serviços de banda larga fixa custavam em média o equivalente a 290% da renda média.
Ranking
Os 20 países com os mais altos IDIs são, respectivamente, Corea, Suécia, Islândia, Dinamarca, Finlândia, China (Hong Kong), Luxemburgo, Suíça, Holanda, Reino Unido, Noruega, Nova Zelândia, Japão, Austrália, Alemanha, Áustria, Estados Unidos, França, Singapura e Israel. Na América do Sul, Uruguai, Chile e Argentina superam o Brasil, classificados, respectivamente, em 54º, 55º e 56º lugares.
Na medição das menores tarifas, as melhores colocações ficaram com Mônaco, China (Macau), Liechtenstein, China (Hong Kong), Emirados Árabes, Singapura, Luxemburgo, Noruega, Islândia, Dinamarca, Áustria, Estados Unidos, San Marino, Finlândia, Suécia, Suíça, Holanda, Bahrain, Reino Unido e Alemanha. Na América do Sul, a melhor colocação foi obtida pela Venezuela, que ficou com no 48° lugar.
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