Do Tele.Síntese
18/12/2012 – A despeito do esforço de diversas entidades de convencer os brasileiros de que baixar conteúdo da internet é uma prática ilegal, a opinião dos cidadãos segue na direção oposta: cada vez mais brasileiros acreditam que baixar músicas da internet é uma prática dentro da lei, mostrou uma pesquisa da Fecomercio-RJ/Ipsos.
Em 2011, 48% dos entrevistados acreditavam que baixar música é uma prática legal, porcentual que passou para 59% este ano, avanço de mais de dez pontos percentuais. Este pode ser um fator importante para entender o porquê do porcentual de pessoas que disseram ter comprado um produto ilegal ter caído pela primeira vez desde o início do levantamento sobre pirataria, em 2006 – em 2012, este porcentual foi de 38% ante os 52% de 2011. Em geral, o compartilhamento de arquivo entre pares (peer-to-peer) não supõe pagamento, de forma que não seria uma compra e sim uma troca.
O levantamento aponta que o preço baixo de produtos piratas é fator decisivo para seu consumo. Em 2011, 96% dos que haviam comprado produtos piratas afirmaram que o custo mais baixo era o principal atrativo. Neste ano, o percentual ficou praticamente estável, em 97%.
Já entre os itens consumidos, os destaques continuam sendo CD e DVD. Porém, pela primeira vez desde o início do levantamento, em 2006, os CDs não ocupam a primeira colocação entre os produtos falsificados comprados. Entre os consumidores destes itens, 77% adquiriram pelo menos um DVD e 76%, CD, mais um indício da força do consumo de músicas pela Web. Em 2006, 86% dos consumidores de produtos falsificados haviam declarado a compra de algum CD e apenas 35%, de um DVD, cujo aparelho, à época, ainda engatinhava nos lares brasileiros.
A pesquisa O Consumo de Produtos Piratas no Brasil, da Fecomércio-RJ/Ipsos, foi realizada com mil pessoas em 70 cidades do país, incluindo nove regiões metropolitanas.