Campanha Banda Larga é um Direito Seu! alcança primeiro lugar nos temas mais comentados do Twitter

As mensagens da campanha, postadas com a hashtag #minhainternetcaiu, ficaram em primeiro lugar nos temas mais comentados no Brasil entre as quatro da tarde e as oito e meia da noite.

21/06/2011

A campanha Banda Larga é Um Direito Seu!, apoiada por mais de 80 instituições da sociedade civil, convocou para hoje um tuitaço (uma manifestação no Twitter), com a hashtag #minhainternetcaiu.

Foi a primeira iniciativa para tornar o debate sobre a banda larga mais amplo, na sociedade civil, e envolver pessoas e organizações não especializadas nem ligadas diretamente ao tema – que, afinal, interessa a todo o país. E foi uma tentativa bem sucedida: entre pouco antes das quatro da tarde e 20h30, o tema esteve nos assuntos mais comentados (trending topics) do Twitter no Brasil. Às 21 horas, continuava em segundo lugar entre os temas mais comentados.

A principal demanda da campanha, hoje, é a reabertura do debate público sobre o Plano Nacional de Banda Larga. Organizadores da campanha acreditam que um plano para universalizar o acesso à banda larga no país deve ser mais abrangente e ambiciosa do que uma negociação sobre velocidades e preços de pacotes das teles. De acordo com o Tele.Síntese, o Ministério das Comunicações, que recebeu o maior número de mensagem no seu Twitter — assim como o ministro tuiteiro @paulobernardo — não quis comentar o assunto.

Veja abaixo a carta enviada hoje, pela campanha, ao ministro Paulo Bernardo, disponível no site da campanha para os internautas que também quiserem enviá-la:

Prezado Ministro Paulo Bernardo Silva,

O PNBL foi um passo importante para as políticas de inclusão digital no país. Porém, com o andar das negociações, o governo está prestes a fechar acordos que trazem benefícios para as empresas de telecomunicações sem a imposição de controle tarifário, metas de universalização, parâmetros suficientes de qualidade e gestão pública das redes. Assim, pleiteamos:
1.    Retomada imediata das discussões públicas das propostas do PNBL. O governo precisa garantir a interlocução com outros setores além das próprias empresas.
2.    Definição de um plano robusto e condizente com a dimensão e com as necessidades do país. Um programa dessa importância não pode ser feito a partir da negociação no varejo e sem estratégia de longo prazo.
3.    O PGMU-III deve ser modificado para retirar a possibilidade de as empresas descontarem os custos das metas de universalização e para fortalecer as metas regionais.
4.    Estabelecimento do serviço de banda larga em regime público, com metas de universalização, controle de tarifas e garantia de continuidade.
5.    Garantir à Telebrás as condições financeiras e estruturais para exercer a gestão pública do PNBL.
6.    Estabelecer metas de qualidade que vão além de preço e velocidade, já que a prestação de serviço hoje tem sérios problemas que não podem continuar.

Veja mais informações sobre o tuitaço aqui e aqui.