Do G1
06/10/2011 |
No Distrito Federal existem 102 centros projetados para oferecer aulas gratuitas de informática e inclusão digital como parte do programa DF Digital. Mas vários deles deixaram de funcionar por faltar internet por até três semanas.
O DF Digital funciona há cinco anos, administrado pela Fundação de Amparo à Pesquisa (FAP), da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Desde 2009, outras 30 entidades entraram para o programa graças a um convênio firmado entre o GDF e o Ministério das Comunicações. Esse convênio estaria sendo questionado pelo GDF que, segundo a Fundação, suspendeu os pagamentos desde maio.
“Há uma sinalização positiva pra fazer esses pagamentos até para normalizar nossa situação com fornecedores, credores, recursos humansos que dependem disso pra receber nossos salários. Temos pelos menos 92 unidades ativas em funcionamento, cada uma delas com uma média de três pessoas cada um, com a totalidade de 380 funcionários”, disse o presidente da Fundação Gonçalves Ledo, Tasso Ottoni.
Na região de Sobradinho, a 22 quilômetros do centro de Brasília, quatro dos sete centros estão parados, segundo a coordenação do programa.
“Falam que é falta de manutenção, mas a gente sabe que é falta de internet. Não deram explicação nenhuma. Meu filho chegou em casa dizendo ‘mãe, fechou'”, conta a mãe de um ex-aluno, Maria da Conceição Santos.
Em alguns locais, a interrupção das atividades é temporária. No Paranoá, um centro ficou sem aula durante 15 dias. Na segunda-feira (3), a sala de aula estava vazia porque poucos alunos sabiam que a internet havia voltado.
“Esse problema prejudica muito, a gente acaba esquecendo o que a gente já estudou e tem de fazer tudo novamente”, diz a estudante Roberta Miriam.
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