O Ponto de Cultura Barão de Mauá, localizado na estação ferroviária da
Leopoldina, no Santo Cristo, bairro do centro do Rio de Janeiro, vai
retomar, em março, as oficinas de audiovisual para alunos de escolas
públicas da região. A primeira experiência foi realizada em 2005, com
12 participantes, apenas ferroviários, e pilotada pelo cienasta Noilton
Nunes, que também cedeu o equipamento.
Com o kit fornecido pelo Ministério da Cultura, parte do
programa federal Cultura Viva, o Ponto agora dispõe de câmera digital,
ilha de edição e do software Cinelerra, para edição de vídeo.
Vinculado ao Serviço Social das Estradas de Ferro, o Ponto de Cultura
Barão de Mauá também conta com um telecentro, montado com computadores
doados pelo Banco do Brasil. “Estamos aprendendo a mexer com o software
Cinelerra — fazendo, inclusive, fotos com a câmera digital, e usando o
programa para dar movimento às imagens estáticas, para, na seqüência,
voltar a fazer as oficinas. Outro objetivo é montar um cineclube”,
conta Edson Aguiar Júnior, coordenador do ponto.
Um dos resultados da experiência, diz ele, “é quebrar um tabu, porque o
pessoal da comunidade acha que cinema é uma tecnologia inacessível”. O
ponto tem 530 bolsistas do programa Agente Cultura Viva, que recebem R$
150,00 por mês. São turmas envolvidas em atividades como pintura e
escultura.
