Claro: falta infraestrutura de banda larga e governo precisa fazer parceria com operadoras

Presidente da Claro não vê problema no uso de redes públicas para oferecer acesso à banda larga, mas em parceria com operadoras. Claro não amplia oferta de 3G por falta de infraestrutura, diz ele.

14/10/09 – O presidente da Claro, João Cox, defendeu hoje, durante o Futurecom 2009, congresso do setor de telecomunicações, que a infraestrutura pública (ou, em outras palavras, a rede da Eletronet) deva também ser usada para a oferta de serviços à sociedade. “O Brasil não pode ter infraestrutura parada, por isso, não vejo problemas em que haja uma rede pública, desde que as condições sejam equânimes para o governo e iniciativa privada”, completou.

Para levar a banda larga a todos os brasileiros, Cox defendeu a adoção de um pacto nacional entre governo, sociedade e iniciativa privada. “A iniciativa privada vai expandir a banda larga porque há demanda. Mas se o governo quiser acelerar o processo, é preciso firmar esse pacto”, defendeu o executivo.

E, no seu entender, o papel do governo deve ser o de reduzir a carga tributária. Além de o Brasil ter a alíquota mais alta do mundo, Cox assinalou que os tributos  penalizam os mais pobres, já que eles são cobrados sobre os aparelhos e não sobre as receitas que geram, fazendo com que os pré-pagos paguem mais impostos do que os telefones pós-pagos.

 

Falta infraestrutura de banda larga
Em outro momento do evento, Cox afirmou que as operadoras de celular estão levando as suas redes de 3G conforme os compromissos assumidos com a Anatel, mas há carência de infraestrutura de transmissão. “A Claro está com mais de 300 cidades prontas para serem ligadas, mas não temos rede de transmissão”, afirmou o executivo. Segundo ele, para resolver esse problema, as operadoras estão construindo as suas próprias redes, em vez de contratarem de operadoras como Oi, Telefônica, Embratel.

O executivo afirmou também que as empresas estão dispostas a antecipar os compromissos de cobertura assumidos com a Anatel, de levar a 3G para mais de 40% dos municípios brasileiros em oito anos, mas para isso, voltou a insistir, é preciso firmar um pacto nacional entre governo, empresas privadas e sociedade. (Do Tele.Síntese)