Comissão Européia avalia o SL

Segundo o estudo, serviços de TI baseados em software livre devem representar 32% do mercado total, em 2010.



O Portal do Software Livre
publicou um resumo, feito por Paulo Vilela, da Sun Microsystems de
Portugal, do novo relatório da Comissão Européia sobre o impacto do
software livre na europa — “Study on the: Economic impact of open
source software on innovation and the competitiveness of the
Information and Communication Technologies (ICT) sector in the EU
” (em inglês). Entre as conclusões, o estudo avalia que a base existente de aplicações de software
livre (SL) — Floss custaria 12 bilhões de euros para ser desenvolvida
comercialmente, e que o SL poupa potencialmente 26% no investimento de
pesquisa e desenvolvimento de software, permitindo canalizar recursos para mais pesquisas. Os serviços baseados em software
livre (Flosss) poderão atingir 32% do total de serviços de TI em 2010,
com atual liderança da Europa nos projetos. A Comissão Européia também
chegou a conclusão de que o SL pode “encorajar a criação de empregos e
PMEs através de um ambiente propício ao desenvolvimento de
conhecimentos e à retenção de uma maior quota de valor. Dada a
histórica menor capacidade da Europa de criar novos negócios no
software, quando comparada com os Estados Unidos, a maior quota de
contribuidores de software livre existente na Europa dá-lhe uma
oportunidade única de criar novas empresas de software e aproximar-se
dos objetivos da Agenda de Lisboa de tornar a Europa a mais competitiva
economia do conhecimento”.

O estudo também faz algumas recomendações. Por exemplo, “evitar
penalizar o software livre nos incentivos e financiamento à inovação,
pesquisa e desenvolvimento; suportar o software livre nos modelos
pré-competitivos e na normalização; evitar a prisão a fornecedores nos
sistemas educacionais através do ensino de funcionalidades e não de
aplicações específicas; encorajar a participação em comunidades do tipo
do software livre; encorajar parcerias entre grandes empresas e PMEs e
a comunidade do software livre (FLOSS); tratar as contribuições de
software livre como donativos a instituições de solidariedade social
para efeitos fiscais; explorar de que modo o desacoplamento entre o
hardware e o software pode conduzir a um mercado mais competitivo e
facilitar formas de inovação não permitidas pelo modelo de integração
vertical as entre grandes empresas e PMEs e a comunidade do software
livre (FLOSS)”.

http://ec.europa.eu/enterprise/ict/policy/doc/2006-11-20-flossimpact.pdf —  Para ler o relatório na íntegra.

http://portal.softwarelivre.org/news/826
2 – Resumo publicado no Portal do Software Livre.