29/10/2010
Em onze meses de existência do projeto em Belterra, no Pará, que através de um conjunto de parcerias levou a cobertura da telefonia móvel celular, com capacidade para transmissão de dados, para para a cidade e seus distritos, muita coisa mudou na vida da comunidade. Pesquisas encomendadas pela operadora Vivo à Universidade do Pará – Unipará e à Universidade de Tapajós, revelam que a chegada do celular fez com que o comércio local crescesse 74,5%. Quase metade dos estudantes que estão conectados – foram distribuidos pela Ericsson 250 celulares com conexão de dados – adquiriram o hábito de pesquisarem na internet, 10% já recorrem às bibliotecas virtuais e 20% dos professores estão fazendo cursos a distância.
Esses dados foram apresentados pelo presidente da Vivo, Roberto Lima, durante palestra no Futurecom 2010, realizado em São Paulo entre os dias 26 e 28 de outubro. O projeto foi idealizado pela Vivo, com apoio de várias empresas – Ericsson, CPqD e La Mark–, e tem como parceiro a ONG Saúde&Alegria, que há duas décadas trabalha na região com projetos de assistência à sua e até mesmo de inclusão digital. Para permitir a conexão da região, foi instalada uma antena 3G para acesso a voz, internet e banda larga móvel. Na fase piloto, participam 15 comunidades.
Mas o projeto não se limita à conexão. De acordo com reportagem publicada na revista ARede, ele agrega várias empresas com o propósito de oferecer conteúdos. A israelense La Mark, fornecedora da Vivo, doou 60 licenças do Kantoo English, curso de inglês pelo celular, ao custo de R$ 3,99 por semana, sem taxa pelo consumo de dados durante a utilização. Um sistema desenvolvido pelo CPqD em linguagem Java possibilita gravar e transmitir vídeos pelo browser de serviços do celular. Há soluções para vídeoMap e videoBlog. O pacote inclui ainda um tipo de jornal eletrônico, com programas da TV Cultura, como as lições de português do professor Pasquale Cipro Neto, as lições de história “Cenas do Século” e programas de teoria de relatividade “Minuto Científico”. O Hospital Albert Einstein se comprometeu a oferecer soluções de medicina em tempo real para o Abaré, barco-hospital que faz, em média, por ano, 15 mil atendimentos e 350 cirurgias em 72 comunidades ribeirinhas.
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