O presidente da Intel Corporation,
Craig Barrett, em visita ao Brasil, anunciou a participação da
multinacional em várias iniciativas de inclusão digital e educacional.
Entrada do Intel
Clubhouse, em
Osasco (SP).A Intel, fabricante mundial de
microprocessadores, apresentou, em setembro, várias iniciativas que
pretendem apoiar projetos de inclusão digital. Durante sua visita ao
Brasil, o presidente da Intel Corporation, Craig Barrett, anunciou a
doação de 1 mil computadores para o projeto “Ciências: cooperação sem
fronteiras”, do Ministério da Educação (MEC), que aposta na tecnologia
e na internet para capacitar professores, principalmente na área de
ciências. A empresa também vai estender a experiência de conexão à
internet com equipamentos sem fio ao município de Mangaratiba (RJ); e,
em São Paulo, lançou o Intel Aprender, programa de treinamento em
informática para jovens, em parceria com a Fundação Bradesco e com o
projeto Cidade Escola Aprendiz.
Segundo o secretário de Educação à Distância do MEC, Ronaldo Mota, a
proposta do “Ciências: cooperação sem fronteiras” é selecionar cem
projetos de pesquisa de professores de ciências do ensino médio de todo
o país. Cada professor, cujo projeto tenha sido escolhido, vai indicar
outros nove, de cidades e estados diferentes e que não passaram na
seleção, para formar um grupo de dez professores, que desenvolverão a
pesquisa. Os cem grupos usarão o computador como ferramenta e formarão
uma rede de pesquisa para se comunicar. O objetivo do MEC é destinar R$
1 milhão ao projeto (cada grupo de dez professores receberá R$ 10 mil),
que será implantado em 2006.
A Intel já apóia, no país, por meio do fornecimento de equipamentos,
uma experiência de conexão à internet via WiMax (tecnologia digital sem
fio de acesso em alta velocidade,75 Mbits por segundo) e Wi-Fi (com um
alcance menor do que o WiMax) em Ouro Preto (MG), junto com a UFMG. A
idéia, agora, é desenvolver esse conceito de Município Digital e levar
a conexão à internet a diversas áreas da cidade e a pequenas
localidades próximas. Projeto semelhante foi lançado para a cidade de
Mangaratiba (RJ), com 30 mil habitantes. Será o terceiro piloto da
Intel para testar o provimento de acesso à internet por WiMax e Wi-Fi
no Brasil (o primeiro foi feito em 2004, em quatro escolas públicas da
periferia de Brasília).
A proposta, em Mangaratiba, é formar um corredor digital sem fio,
voltado para as áreas de educação, saúde, turismo e comércio. Por meio
de computadores distribuídos na região, o cidadão poderá, por exemplo,
ter informações sobre plantões médicos nas cidades vizinhas; as escolas
terão acesso à rede e o turista poderá obter informações sobre os
hotéis da cidade. O controle da rede será feito pela prefeitura.
Em São Paulo, a Intel apresentou o Intel Aprender, cujo piloto terá o
apoio da Fundação Bradesco. Lançado no Centro Comunitário Cidade Escola
Aprendiz, no bairro de Vila Madalena, será destinado a jovens entre 10
e 18 anos. Eles terão cursos para aprender a usar processadores de
texto, programas gráficos e de multimídia. De acordo com a Intel, o
programa já foi implantado pela empresa na China, Índia, Israel e
México. Em 2006, o Intel Aprender será expandido para 80 centros
comunitários, atendendo a 12 mil jovens.