Conexão Social – Intel adere ao Linux em programas sociais

A fabricante vai usar o software livre em ações de capacitação de professores e adolescentes, nos municípios que adotam essa platafoma.


A fabricante vai usar o software
livre em ações de capacitação de professores e adolescentes, nos
municípios que adotam essa platafoma.
   Leandro Quintanilha

Os projetos de inclusão digital da Intel no Brasil vêm sendo adaptados
para adesão parcial ao software livre. A idéia é respeitar demandas
locais, geralmente das prefeituras beneficiadas. “É o caso de São
Paulo, Piraí (RJ) e Ouro Preto (MG), entre outras”, ilustra Rose
Salvini, gerente dos programas Educação para o Futuro e Intel Aprendiz.
“Aderimos ao software livre, quando necessário, para trabalhar em
sincronia com as administrações locais.”


Sala virtual do Programa Educação
para o Futuro, da Intel

Os softwares proprietários ainda são a maioria, mas é um passo
importante, considerando a abrangência das iniciativas da Intel. No
programa Educação para o Futuro, focado na capacitação de professores
do ensino fundamental e médio, 20% das ações foram adaptadas do Windows
para o Linux. No Intel Aprendiz, que prepara adolescentes para o uso da
tecnologia, a adesão ao software livre é de 10% até agora. Rose
ressalta, no entanto, que a Intel só fará as capacitações em Linux, em
locais onde já estiver sendo usado.

O programa Educação para o Futuro é mantido pela Intel em mais de 30
países. “O objetivo é orientar os professores sobre o uso pedagógico da
tecnologia no dia-a-dia”, explica Rose. Cerca de 3 milhões de
educadores já participaram do programa mundo afora. No Brasil, onde
funciona há cinco anos, já foram capacitados 80 mil professores, em
cursos presenciais de 40 horas. No fim do curso, eles recebem um
aparato didático, com apostilas e softwares, para que repassem o
conteúdo aos colegas de trabalho.

O Intel Aprendiz, por sua vez, foi desenvolvido para oito países
emergentes: China, Índia, Egito, Israel, Rússia, México, Chile e
Brasil. Aqui, é realizado em parceria com a Fundação Bradesco, o Grupo
Abril, a TVA e a Fundação Victor Civita. Atende jovens de baixa renda,
entre 10 e 18 anos, com capacitações que incluem conteúdos sobre
ferramentas tecnológicas, pensamento crítico e desenvolvimento de
projetos. Cerca de 150 mil adolescentes já participaram do programa nos
oito países beneficiados.

No Brasil, desde setembro de 2005, são 4 mil jovens. Eles usam
ferramentas de cálculo, edição de texto e de apresentação, aplicadas a
soluções criadas por eles mesmos para problemas comunitários locais.
Numa capacitação (com software livre) realizada na favela de
Paraisópolis, em São Paulo, por exemplo, os jovens elaboraram um
projeto para construção de um campo público de futebol.

Orelhão de Paraisópolis

A Intel organiza anualmente, nos Estados Unidos, uma grande feira de
ciências. Participam cerca de 1,4 mil estudantes, de 40 países, que
competem por prêmios e bolsas de estudo que somam mais de US$ 3
milhões. Trata-se da Intel Isef – Feira Internacional de Ciências e
Engenharia. Na última edição, um projeto brasileiro, desenvolvido por
jovens da favela de Paraisópolis, de São Paulo, ficou entre os
finalistas: um orelhão adaptado para pessoas com deficiência. Equipado
com um sensor, o telefone público emitia sons de localização e regulava
sua altura de acordo com a do usuário.

www.intel.com.br – Intel