Durante o Fisl 7.0, o governo federal assinou, com a Abep, um acordo de
cooperação para a construção de um modelo de licenciamento do Software
Público Brasileiro (SPB).
A criação de softwares públicos brasileiros mereceu atenção especial,
com vários eventos sobre o tema, durante o Fisl 7.0. Softwares
públicos são soluções desenvolvidas por instituições estatais e
colocadas à disposição da sociedade sob uma Licença Geral Pública
(GPL). Mas esse é um conceito em desenvolvimento. Na abertura do fórum,
o governo federal assinou, com a Associação Brasileira das Entidades
Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep), um acordo
de cooperação para a construção de um modelo de licenciamento do
Software Público Brasileiro (SPB). O acordo prevê o compartilhamento de
software desenvolvidos pelo governo federal com empresas estaduais de
tecnologia da informação, com as várias esferas de governo e com a
sociedade.
A filosofia open source
como bandeira.
Entre as metas do acordo, assinado pelo secretário Rogério Santanna, da
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do
Ministério do Planejamento, e por Tereza Porto, presidente da Abep,
está a criação do Portal do Software Público Brasileiro, a ser lançado
até 18 de dezembro. Também em oito meses, o grupo de trabalho
constituído nesse acordo deverá definir o modelo institucional para
criar o conceito de software público brasileiro. O plano de trabalho
prevê o lançamento, até dezembro, na forma de software livre, de dez
softwares desenvolvidos pelo setor público.
No plano municipal, a iniciativa ficou por conta do Centro Tecnológico
de Informação e Modernização Administrativa (CTIMA), da prefeitura de
Itajaí, em Santa Catarina, que abriu, para a comunidade, sob uma
licença GPL, a Suíte de Software para Administração Pública,
denominada de i-PLB (Sistema Público Livre Brasileiro).
Esse pacote supre as necessidades diárias de uma prefeitura: por
exemplo, controle de chamados, pautas de reuniões, agenda de
atendimento, publicações exigidas pelo TCU, controle de distribuição de
benefícios, balcão de empregos, controle de processos, controle
unificado da rede escolar. A expectativa da CTIMA é aprimorar as
soluções já desenvolvidas e criar novos sistemas. Estão disponíveis a
documentação, a modelagem e os códigos-fontes dos sistemas, concebidos
em FreeBSD, Apache, PostgreSQL, PHP, HTML, JavaScript, CSS.
No Fisl 7.0, foi realizado o primeiro encontro da comunidade Cacic
(Configurador Automático e Coletor de Informações Computacionais),
sistema de inventário, desenvolvido, em consórcio, pela SLTI e pelo
escritório regional da Dataprev no Espírito Santo. De acordo com
Santanna, da SLTI, a comunidade Cacic conta com 4,6 mil participantes
de oito países.
http://ctima.itapai.sc.gov.br