Conexão Social – Para revelar caminhos que levam à rede

O lançamento da revista ARede, da Momento Editorial, em Brasília, reuniu mais de 200 pessoas: formuladores de políticas, integrantes do movimento social, empresários e parlamentares, que  acreditam no uso das tecnologias em projetos de inclusão social.

O lançamento da revista ARede, da Momento Editorial, em Brasília,
reuniu mais de 200 pessoas: formuladores de políticas, integrantes do
movimento social, empresários e parlamentares, que  acreditam no
uso das tecnologias em projetos de inclusão social.



Vista da Catedral de Brasília, da sala Dercy Gonçalves do teatro Nacional, na noite de  lançamento da ARede.

A revista ARede – tecnologia para a inclusão social foi lançada
no dia 11 de maio, em Brasília, junto  com o seu endereço
eletrônico na internet: www.arede.inf.br. O evento, no Teatro Nacional,
reuniu mais de 200 pessoas, entre representantes do governo, do
movimento social, de  empresas, parlamentares e jornalistas. “Este
projeto nasce com o propósito de ser um canal entre diferentes ações de
inclusão digital e projetos alternativos  de comunicação, como as
rádios e TVs comunitárias, que pipocam pelo país, patrocinados por
governos e pelasociedade civil. Queremos registrar  estes
movimentos, alimentá- los com informações úteis, descobrir suas
estratégias e melhores práticas, revelar seus protagonistas e discutir
as  políticas públicas que impulsionam esse processo”, afirmou Lia
Ribeiro Dias, diretora editorial da Momento, editora responsável pela
revista, durante sua apresentação.

Mauro Oliveira, titular da Secretaria de Telecomunicações do Ministério
das Comunicações, saudou a publicação, que considerou importante para
conectar as experiências que estão sendo desenvolvidas no  país.
“Essa iniciativa é mais uma} ousadia do brasileiro”, destacou, durante o
lançamento. O Minicom participa desse movimento  com a instalação
Lia Ribeiro Dias, diretora
editorial de ARede.
de antenas para conexão à internet, por meio do programa Gesac –
Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão. Já são 4,2 mil
pontos, em vários  estados, que atendem, principalmente, a escolas
públicas, áreas de fronteiras e outros projetoscomunitários. 

“O Brasil tem inúmeros projetos de inclusão digital e social, mas, até
agora, faltava uma iniciativaque coordenasse a visão integrada desses
projetos”, afirmou o presidente da Nortel, Rodrigo Abreu. Para o
vice-presidente da Lucent, Luiz Cláudio Rosa, Arede “será o principal
veículo para expandir e difundir  as informações” nesse segmento.

Entre dois mundos
Também estiveram presentes membros do conselho editorial da revista:
Cláudio Pereira, correspondente comunitário do portal Viva Favela,
Jorge Bittar, deputado federal pelo PT,  Paulo Lustosa,
secretário-executivo do Minicom, Rodrigo Assumpção, coordenador do
Comitê de Inclusão Digital da  Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do
Miriam Aquino, diretora da
sucursal de Brasília.
Planejamento, e
Sérgio Amadeu, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da
Informação (ITI). “Nós  precisamos transformar a inclusão digital
em política pública”, ressaltou Amade

Para Cláudio Pereira, que produz noticiário sobre o Complexo da Maré,
no Rio de Janeiro, para o portal Viva Favela, a revista faz uma ponte
entre dois mundos, de incluídos e excluídos.  “Temos um olhar
desde dentro da comunidade e conhecemos o mundo de fora, apesar de não
estarmos inseridos nele. Quando escrevemos para uma revista como ARede,
fazemos a comunidade existir fora dela,  ocupamos um espaço onde
não chegávamos antes”, diz.

Cléber de Jesus Santos, programador em Linux e ex- onitor do Telecentro
Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, entrevistado para o número
1 de Arede, registrou sua experiência pessoal no telecentro. A
descoberta do software livre não só o envolveu na criação de uma
distribuição Linux própria e no desenvolvimento de aplicativos
livres  para crianças, como o engajou na defesa de ferramentas
para a distribuição do conhecimento. Nesse sentido, defendeu a
continuidade e a expansão dos  projetos de telecentros. “Existem
muitas idéias para diminuir a exclusão e a revista dá expressão a
elas”, observou. 

Luiz Cláudio Rosa, da Lucent,
Júlio Semeghine (PSDB) e
Jorge Bittar (PT)
O eventou contou, ainda, com a presença do conselheiro José Leite
Pereira Filho, da Agência Nacional de Telecomunicações  (Anatel),
ao lado de outros integrantes do órgão regulador, e parlamentares, como
o deputado federal Júlio Semeghini  (PSDB) e Walter Pinheiro (PT),
consultores, executivos de operadoras e da indústria de
telecomunicações e de TI, e lideranças  setoriais de entidades
ligadas à tecnologia ou ao movimento social.

ARede tem tiragem de 15 mil exemplares e conteúdo licenciado no
Creative Commons, o que  permite sua reprodução livre para fins
não-comerciais. Gratuita e mensal, será distribuída nacionalmente 
para agentes sociais que atuam na ponta das iniciativas de inclusão,
como monitores e coordenadores de telecentros, e para representantes do
governo e do Congresso, do  terceiro setor, de empresas e
entidades comunitárias. ARede é produzida pela Momento Editorial,
editora independente, com sede em São Paulo.