04/03/2010 – Dois novos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) do projeto Computadores para Inclusão, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, ainda não inaugurados oficialmente, iniciaram suas atividades este mês. No CRC de Belém do Pará, cuja inauguração está prevista para o dia 30, a primeira turma de 70 alunos iniciou o curso de recondicionamento de computadores no dia 1º de março. Na Bahia, no CRC de Lauro de Freitas, a primeira turma de 30 jovens vai começar em 15 de março e outros 30 serão selecionados para a segunda turma.
Os CRCs do Pará e da Bahia estão sendo implantados em parceria com governos estaduais que possuem programas próprios de inclusão digital. Antes deles, as parcerias eram realizadas diretamente com entidades da sociedade civil. Este é o caso dos cinco CRCs em operação: o Cesmar (RS), com a Província Marista do Rio Grande do Sul; o do Gama (DF), com a Associação de Apoio ao Grupo, à Família e à Comunidade (Afago) e, a partir deste ano, também com os Maristas; Guarulhos (SP), com a Ong Oxigênio; Recife (PE), com o Centro Marista Circuito Jovem. A exceção é o CRC de Belo Horizonte, o BH Digital, uma parceria com a Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte, a prefeitura e a AMAS – Associação Municipal de Assistência Social
Os CRCs com governos estaduais demandaram procedimentos específicos, que foram sendo aprendidos ao longo da implantação. O cvonvênio do Pará, por exemplo, completou um ano em fevereiro. Em ambos os casos (PA e BA), o tempo transcorrido desde o início do convênio foi necessário para o estabelecimento de parcerias entre as Secretarias Estaduais e as entidades da sociedade civil que as auxiliam na implantação do CRC, conta Cristina (Kiki) Kiomi Mori, assessora de inclusão digital da SLTI. “A adequação dos espaços físicos, em cada caso cedido por um parceiro diferente da secretaria conveniada, também leva mais tempo”, explica.
“Enquanto isso”, acrescenta Kiki, “houve a apropriação do Projeto CI pelas equipes dos novos centros, mediante visita a outros CRCs; a participação em atividades organizadas pela Secretaria (Seminário do Projeto CI em Brasília e 8ª Oficina para Inclusão Digital) e a qualificação preparatória das equipes técnicas para início das turmas de jovens”.
No CRC de Recife, que iniciou o curso de seis meses para a segunda turma de cem alunos do curso de recondicionamento, a demanda pela vaga foi enorme. De acordo com Domingos Sávio de França, coordenador-geral do CRC pernambucano, 900 jovens fizeram inscrições completas, ou seja, apresentaram os documentos necessários, entre eles os documentos de comprovação de faixa de renda. A meta do CRC é abrir mais duas turmas de 100 alunos este ano. Desde o inçio das suas atividades, em maio de 2009, o centro recondicionou 500 máquinas, entre as 2 mil recebidas em doação.
Já o CRC do Gama, que ficou fechado no ano passado, em função do final da parceria com a Fundação Banco do Brasil (que investiu R$ 1,9 milhão na readaptação do local e não renovou o convênio com a Afago), reiniciou suas atividades em janeiro. Está com duas turmas de dez alunos cada, número de pessoas muito menor do que o potencial do local, que tem capacidade instalada para recondicionar mil equipamentos por mês.
Os CRCs recebem, anualmente, cerca de R$ 300 mil da SLTI. O programa formou, desde 2007, 1,22 mil jovens, recebeu cerca de 40 mil computadores doados por órgãos da administração pública federal, além de doações de pessoas físicas e empresas privadas e recondicionou 9.418 equipamentos, doados 712 escolas bilbiotecas e telecentros em todo o país.